Centro Hospitalar Barreiro Montijo contraria números do sindicato e diz ter 516 enfermeiros


O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) esclareceu hoje que “detém atualmente 516 enfermeiros”, depois de o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses ter afirmado à Lusa, no domingo, que o número de enfermeiros estava “agora mais perto dos 400”. A antecipar a greve dos enfermeiros que se realizou na segunda-feira no Centro Hospitalar Barreiro Montijo, a dirigente…


O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) esclareceu hoje que “detém atualmente 516 enfermeiros”, depois de o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses ter afirmado à Lusa, no domingo, que o número de enfermeiros estava “agora mais perto dos 400”.

A antecipar a greve dos enfermeiros que se realizou na segunda-feira no Centro Hospitalar Barreiro Montijo, a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Zuraima Prado disse, no domingo, que antes o centro “tinha aproximadamente 600” profissionais da enfermagem, número que estaria “agora mais perto dos 400”.

Segundo um comunicado divulgado hoje pelo conselho de administração do CHBM, os números divulgados pelo sindicato estão “desfasados da realidade”.

O número de enfermeiros do CHBM “não tem variado de forma relevante ao longo dos últimos cinco anos, data de criação do centro hospitalar, já que em 2009 estavam em funções 554 enfermeiros”, informa.

Em setembro de 2013, a alteração legislativa que impôs o regime de trabalho de 40 horas semanais fez com que transitassem do CHBM “345 enfermeiros de 35 horas semanais para 40 horas semanais, o que significou um acréscimo de 1.725 horas semanais, correspondente a cerca de 40 enfermeiros”, reforça o conselho de administração.

Enfermeiros do Centro Hospitalar Barreiro Montijo estiveram na segunda-feira em greve, que contou com uma adesão “muito perto dos 100%”, disse à Lusa a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Zuraima Prado.

O protesto dos profissionais, que reclamam do Governo a abertura de concurso para reforço dos profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde, sucedeu aos ocorridos na semana passada em Santarém e no Algarve.

Na sexta-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, assumiu que o Governo pretende “encurtar o processo de contratualização [de profissionais de saúde], em termos burocráticos” no próximo Orçamento do Estado, referindo que este ano já recrutaram mais de 400 enfermeiros.

O ministro disse ainda que, em 2015, haverá novos concursos para “dar emprego a todos os recém-licenciados em medicina, que se espera que sejam mais de 1.700 médicos, que vêm para o Serviço Nacional de Saúde”.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa