O Museu Gulbenkian recebe, na próxima semana, um convidado de honra: um retrato do Rei Filipe IV de Espanha pintado por Diego da Silva y Velázquez, que chega de Nova Iorque e que pode ser visto em Lisboa de 12 de abril a 9 de setembro.
O quadro, que pertence à Frick Collection (encerrada até ao final do ano para obras), mostra o monarca numa pose altiva, como era seu timbre.
«O pintor optou por representar Filipe IV no papel de chefe militar vitorioso, envergando sobreveste, ricamente adornada com brocados que combinam com a faixa que suporta a espada, um dos símbolos da sua autoridade, a que acresce o bastão que evoca a vitória militar do seu exército após a reconquista da cidade de Lérida», sublinha a nota divulgada pela Gulbenkian.
O queixo proeminente era quase uma imagem de marca dos Habsburgos, provocada pelos casamentos em família.
Velázquez, que além de pintor da corte era diplomata, executou o retrato em 1644 «num ateliê improvisado», num momento em que «acompanhou o monarca na sua incursão militar na Catalunha, por ocasião da revolta iniciada na região em 1640», revolta essa que, curiosamente, está ligada à restauração da independência em Portugal pelos Conjurados, também no ano de 1640.