Acusações dão a Trump impacto positivo nas sondagens

Acusações dão a Trump impacto positivo nas sondagens


Em fevereiro, antes das acusações terem sido oficializadas, o ex-Presidente liderava com uma margem muito inferior: 41% contra 39% de Ron DeSantis. 


As 78 acusações criminais que Donald Trump enfrenta trouxeram-lhe um impacto positivo significativo nas sondagens.

Este impulso, a menos de seis meses do início das primárias Republicanas para escolher o candidato às presidenciais de 2024, traduziu-se num apoio de 53,3% do eleitorado do partido, 39 pontos acima do candidato rival mais próximo, Ron DeSantis, segundo o agregador de sondagens calculado pela plataforma especializada FiveThirtyEight.

Em fevereiro, antes das acusações terem sido oficializadas, o ex-Presidente liderava com uma margem muito inferior: 41% contra 39% de Ron DeSantis. 

"As acusações parecem estar a tornar mais firme o apoio do Partido Republicano", disse o cientista político Thomas Holyoke, em declarações à agência Lusa, acrescentando que "se as primárias fossem hoje, ele seria o candidato Republicano".

Holyoke argumenta ainda que o dinamismo da campanha de Trump face às acusações deve-se à perceção dos seus apoiantes sobre os motivos do Departamento de Justiça e do procurador especial Jack Smith. 

"As pessoas sentem que isto é um governo vingativo que está a usar armas contra ele, porque Trump está a ter um desempenho relativamente bom nas sondagens", indicou o especialista, referindo que isto é algo que também se aplica no "embate direto contra Biden". 

Os resultados revelam um empate entre os dois candidatos, cada um com 43% das intenções de voto, com Trump a reclamar um apoio maior por parte dos Republicanos comparado com Biden em relação aos Democratas: 88% versus 83%, respetivamente. 

No entanto, sublinhou ainda Thomas Holyoke, as ilações que se podem retirar destas sondagens com perguntas hipotéticas são muito poucas. 

"Neste ponto, isto não indica muito sobre nada", afirmou. "Uma sondagem em que Trump parece estar empatado com Biden não é muito significativa neste momento".