A Polícia Judiciária desmantelou uma rede internacional de partilha ilegal de produtos audiovisuais, com a colaboração do FBI, na sequência de uma investigação que começou em 2022.
A investigação levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), em articulação com o Ministério Público baseou-se numa queixa apresentada por entidades cinematográficas como a Disney Enterprises, Paramount, Universal City Studios, Columbia Pictures Industries e Warner Bros.
O grupo criminoso conhecido como 'EVO' "foi um dos Grupos Piratas mundialmente mais ativos na divulgação de produtos audiovisuais protegidos por direitos de autor desde, pelo menos, o ano de 2019", explica a PJ em comunicado.
O grupo disponibilizou vários conteúdos como filmes e séries, "ilegalmente retirados dos servidores das vítimas, causando um prejuízo superior a € 1.000.000,00", revela a autoridade.
Os suspeitos são acusados de crimes de acesso ilegítimo aos servidores das vítimas, burla informática, branqueamento de capitais, fraude fiscal, crimes contra os direitos de autores, nomeadamente o crime de usurpação, e associação criminosa.
Em Portugal foram realizadas buscas domiciliárias, onde foram apreendidos vários materiais informáticos e também a constituição de três arguidos, por suspeita de pertencerem ao grupo criminoso.
O suposto líder do grupo foi localizado e detido em Portugal, e foi ainda realizada uma busca domiciliária. Foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicadas várias medidas de coação, como proibição de contactos com os restantes arguidos, proibição de acesso a determinados sites e servidores relacionados e proibição de aquisição de material informático.