António Costa manifestou este sábado, em Kiev, a disponibilidade de Portugal para participar e ajudar num programa de reconstrução de escolas e jardins de infância na Ucrânia, em sequência da invasão russa, e afirmou que o estado Português vai dar apoio técnico à Ucrânia para o seu processo de adesão à União Europeia (UE). Uma ação, disse, que deve ser recebida "de braços abertos".
"Aguardamos com expectativa o relatório da Comissão Europeia sobre o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia. Um relatório que será com grande probabilidade discutido em junho. Pela parte de Portugal, daremos toda a colaboração técnica para apoiar essa candidatura, assim como também transmitiremos a nossa experiência na União Europeia, tendo em conta o nosso próprio processo de adesão", declarou António Costa, em conferência de imprensa conjunta com o Prisidente Ucrâniano.
O primeiro-ministro classificou, logo na sua intervenção inicial, que Volodymyr Zelensky é "um líder que inspira o mundo" e que representa "uma grande lição e um exemplo de coragem e de notável resistência" perante a "brutal e barbara" agressão militar russa.
"Tal como o Presidente Zwelensky disse, estamos geograficamente distantes, mas portugueses e ucranianos são dois povos próximos – uma proximidade que começa desde logo pela grande contribuição da comunidade ucraniana para o desenvolvimento de Portugal ao longo das últimas décadas. Por isso, também, integrámos facilmente aqueles que nas últimas semanas tiveram de pedir proteção internacional", continuou.
Costa deixou também uma mensagem para os refugiados: "Acolhemos os ucranianos com todo o gosto, mas com a firme determinação de apoiar a Ucrânia a vencer a guerra, a ganhar a paz e criar as condições para que todos os que desejam regressar à Ucrânia o possam fazer logo que possível".
O primeiro-ministro disse ainda que Estado Português tem experiência recente na execução desses programas de modernização de estabelecimentos de ensino.
Costa esteve reunido com o líder ucraniano durante mais de uma hora, na capital daquele país. No que diz respeito ao apoio militar, o primeiro-ministro afirmou que Portugal fornece – e vai continuar a fornecer – material letal e não letal.
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