Ucrânia tem culpa do que se passou no Iraque…


A invasão russa na Ucrânia continua a ser pretexto para muitas aves raras defenderem o indefensável, independentemente de haver abusos de ambas as partes.


A invasão russa na Ucrânia continua a ser pretexto para muitas aves raras defenderem o indefensável, independentemente de haver abusos de ambas as partes. E a cegueira é tal que nem lhes ocorre que se investiguem os atropelos aos direitos humanos de ambas as partes. E a razão é muito simples: como as atrocidades dos russos são, seguramente, muito superiores às dos ucranianos, essas avantesmas dizem que não faz sentido investigar os horrores de guerra, até porque, entre outros, os EUA não aceitam que os seus soldados sejam julgados pelo Tribunal Penal Internacional – à semelhança da Rússia e China, entre outros.

Ainda ontem, Azeredo Lopes – esse guru que passou pela ERC com os resultados que se conhecem – lembrava que os EUA, a China, a Rússia e a Ucrânia não subscreveram o tratado, deduzindo-se que, então, não faça qualquer sentido julgar as atrocidades cometidas na guerra. O antigo governante dizia ainda que é pura demagogia o Presidente ucraniano convidar Macron a visitar os territórios onde supostamente foi praticado crime de genocídio. Azeredo Lopes esqueceu-se de dizer que o Presidente francês só foi convidado por ter dito que ainda não há dados que provem o crime de genocídio, ao contrário de Biden e de Boris Johnson.

Faz confusão ouvir algumas figuras entrarem nessa narrativa e não se dar mais destaque a figuras como Anabela Alves. “Não é o facto de uns terem violado a carta das Nações Unidas como os EUA fizeram com a invasão do Iraque com a desculpa da intervenção humanitária, não é pelo facto de eles terem falhado que nós devemos falhar ao povo ucraniano”, disse ao i a especialista em Direito Internacional e que foi a primeira advogada portuguesa a participar em julgamentos por crimes de guerra, nomeadamente no Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, dissolvido em 2017, onde esteve frente-a-frente com o antigo Presidente sérvio Slobodan Miloševic. A jurista de 57 anos foi mais longe: “O que se passou em Srebrenica está a repetir-se e para mim que trabalhei nesse caso é desanimador ver isto a acontecer outra vez”.

Tudo indica que os ucranianos irão ser chacinados e veremos se Putin se fica por ali. Mas que terá sempre aliados, disso não há dúvidas.

Ucrânia tem culpa do que se passou no Iraque…


A invasão russa na Ucrânia continua a ser pretexto para muitas aves raras defenderem o indefensável, independentemente de haver abusos de ambas as partes.


A invasão russa na Ucrânia continua a ser pretexto para muitas aves raras defenderem o indefensável, independentemente de haver abusos de ambas as partes. E a cegueira é tal que nem lhes ocorre que se investiguem os atropelos aos direitos humanos de ambas as partes. E a razão é muito simples: como as atrocidades dos russos são, seguramente, muito superiores às dos ucranianos, essas avantesmas dizem que não faz sentido investigar os horrores de guerra, até porque, entre outros, os EUA não aceitam que os seus soldados sejam julgados pelo Tribunal Penal Internacional – à semelhança da Rússia e China, entre outros.

Ainda ontem, Azeredo Lopes – esse guru que passou pela ERC com os resultados que se conhecem – lembrava que os EUA, a China, a Rússia e a Ucrânia não subscreveram o tratado, deduzindo-se que, então, não faça qualquer sentido julgar as atrocidades cometidas na guerra. O antigo governante dizia ainda que é pura demagogia o Presidente ucraniano convidar Macron a visitar os territórios onde supostamente foi praticado crime de genocídio. Azeredo Lopes esqueceu-se de dizer que o Presidente francês só foi convidado por ter dito que ainda não há dados que provem o crime de genocídio, ao contrário de Biden e de Boris Johnson.

Faz confusão ouvir algumas figuras entrarem nessa narrativa e não se dar mais destaque a figuras como Anabela Alves. “Não é o facto de uns terem violado a carta das Nações Unidas como os EUA fizeram com a invasão do Iraque com a desculpa da intervenção humanitária, não é pelo facto de eles terem falhado que nós devemos falhar ao povo ucraniano”, disse ao i a especialista em Direito Internacional e que foi a primeira advogada portuguesa a participar em julgamentos por crimes de guerra, nomeadamente no Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, dissolvido em 2017, onde esteve frente-a-frente com o antigo Presidente sérvio Slobodan Miloševic. A jurista de 57 anos foi mais longe: “O que se passou em Srebrenica está a repetir-se e para mim que trabalhei nesse caso é desanimador ver isto a acontecer outra vez”.

Tudo indica que os ucranianos irão ser chacinados e veremos se Putin se fica por ali. Mas que terá sempre aliados, disso não há dúvidas.