Russiagate. Um erro sinistro em ano de eleições


Se em abril os serviços camarários tomaram conhecimento de que os ativistas queriam apresentar queixa, por que também não se soube dessa intenção?


E de repente… ficámos a saber que os opositores de regimes pouco recomendáveis que se manifestaram em Portugal contra esses ditadores ou falsos democratas estavam a pôr a sua vida e a das suas famílias em perigo. Isto é: desde 2011, sempre que se manifestavam em Lisboa, alguém da Câmara comunicava às respetivas embaixadas os nomes, moradas e telefones dos promotores dos protestos. Foi isso que se deduziu da entrevista de ontem de Fernando Medina à RTP, exemplarmente conduzida por José Rodrigues dos Santos, um jornalista que não se limita a ser pé de microfone.

Mas vamos à história, que, acho, tem muitas pontas soltas. Em primeiro lugar, se a mesma foi denunciada logo em janeiro e relatada a um jornal nacional qual a razão para não se ter discutido logo o assunto? Seria por estarmos em confinamento e, à semelhança do caso do ucraniano morto no aeroporto, também passou ao lado de quase todos nós?

Se em abril os serviços camarários tomaram conhecimento de que os ativistas queriam apresentar queixa, por que também não se soube dessa intenção?

Estou perfeitamente à vontade pois Fernando Medina não é uma figura pela qual tenha grande simpatia. Acho-o um arrogante que quer fazer de Lisboa o seu cartão de visita, com muitas ciclovias e jardins no meio dos carros, além de outras histórias que não são para aqui chamadas. Independentemente das simpatias ou falta delas, o que também acho estranho é que agora todas as semanas as caixas de correio eletrónico das redações, e falo por mim, recebam revelações bombásticas sobre determinadas câmaras. Até parece que de repente as revelações fantásticas sobre as autarquias são como os cogumelos. É certo que as informações não têm data, nem prescrevem para quem gosta de noticiar, mas se estamos em vésperas de eleições é preciso algum cuidado a gerir as “denúncias” que nos chegam. Sejam de que partido forem. Até às autárquicas vai ser sempre a abrir, com os partidos a arranjarem documentação para “tramarem” quem está no poder.

Mas nada disto retira credibilidade a esta história sinistra e que esperemos que termine com o despedimento dos responsáveis por estas práticas assustadoras. Sejam eles quais forem.


Russiagate. Um erro sinistro em ano de eleições


Se em abril os serviços camarários tomaram conhecimento de que os ativistas queriam apresentar queixa, por que também não se soube dessa intenção?


E de repente… ficámos a saber que os opositores de regimes pouco recomendáveis que se manifestaram em Portugal contra esses ditadores ou falsos democratas estavam a pôr a sua vida e a das suas famílias em perigo. Isto é: desde 2011, sempre que se manifestavam em Lisboa, alguém da Câmara comunicava às respetivas embaixadas os nomes, moradas e telefones dos promotores dos protestos. Foi isso que se deduziu da entrevista de ontem de Fernando Medina à RTP, exemplarmente conduzida por José Rodrigues dos Santos, um jornalista que não se limita a ser pé de microfone.

Mas vamos à história, que, acho, tem muitas pontas soltas. Em primeiro lugar, se a mesma foi denunciada logo em janeiro e relatada a um jornal nacional qual a razão para não se ter discutido logo o assunto? Seria por estarmos em confinamento e, à semelhança do caso do ucraniano morto no aeroporto, também passou ao lado de quase todos nós?

Se em abril os serviços camarários tomaram conhecimento de que os ativistas queriam apresentar queixa, por que também não se soube dessa intenção?

Estou perfeitamente à vontade pois Fernando Medina não é uma figura pela qual tenha grande simpatia. Acho-o um arrogante que quer fazer de Lisboa o seu cartão de visita, com muitas ciclovias e jardins no meio dos carros, além de outras histórias que não são para aqui chamadas. Independentemente das simpatias ou falta delas, o que também acho estranho é que agora todas as semanas as caixas de correio eletrónico das redações, e falo por mim, recebam revelações bombásticas sobre determinadas câmaras. Até parece que de repente as revelações fantásticas sobre as autarquias são como os cogumelos. É certo que as informações não têm data, nem prescrevem para quem gosta de noticiar, mas se estamos em vésperas de eleições é preciso algum cuidado a gerir as “denúncias” que nos chegam. Sejam de que partido forem. Até às autárquicas vai ser sempre a abrir, com os partidos a arranjarem documentação para “tramarem” quem está no poder.

Mas nada disto retira credibilidade a esta história sinistra e que esperemos que termine com o despedimento dos responsáveis por estas práticas assustadoras. Sejam eles quais forem.