Europa não pode ceder à invasão de migrantes


Não podemos permitir que se assista a uma espécie de cruzadas ao contrário, onde seremos obrigados a viver segundo a lei islâmica. Que venham para onde fazem falta, que se integrem e que vivam de acordo com os nossos princípios democráticos


O velho continente tem tudo para dar errado e os últimos acontecimentos de Ceuta são o melhor exemplo de como o futuro da Europa não se adivinha fácil. Vejamos: oito mil migrantes invadiram Ceuta, território espanhol, porque os guardas marroquinos abriram os portões da fronteira europeia. Percebeu-se que Marrocos quis mostrar aos espanhóis que podem ser muito democratas desde que isso não interfira com o estilo de vida do reino marroquino – Espanha recebeu nos seus hospitais o líder da Frente Polisário, que há mais de 30 anos tem um conflito com os marroquinos, e estes como retaliação abriram as fronteiras. Mas o que se ouviu depois é que revela como a Europa está tramada: dizem algumas organizações humanitárias, com o apoio de muitos partidos de esquerda, que o velho continente tem que injetar milhões de euros nos países mais pobres africanos para que estes não queiram invadir os países europeus. Isto faz algum sentido, em muitos dos casos? Numa situação ideal seria assim, mas o mundo não está para lirismos e quanto mais dinheiro a Europa mandar para alguns países africanos, mais os seus líderes engordarão as suas contas bancárias, enquanto as populações locais ficam mais pobres. Perguntar-se-á então como iremos resolver esta questão dos migrantes? Primeiro, a Europa vai precisar de muitos milhares para combater a baixa de natalidade e, como tal, é preciso saber onde os encaixar e como fazê-lo. Não podemos permitir que se assista a uma espécie de cruzadas ao contrário, onde seremos obrigados a viver segundo a lei islâmica. Que venham para onde fazem falta, que se integrem e que vivam de acordo com os nossos princípios democráticos, onde as mulheres, supostamente, têm os mesmos direitos e onde a homossexualidade é permitida, ao contrário de alguns países africanos onde são condenados à morte. Como se poderá alcançar esse equilíbrio? É não cedendo a chantagens e proibindo a chegada de migrantes económicos, até se resolver a situação. A Europa não pode pactuar com esta nova forma de escravatura em que os migrantes dão o que têm e o que não têm a uns vendedores de vidas humanas.