Para o presidente do CDS-PP, o Plano de Recuperação e Resiliência mostra “uma receita gasta”, considerando que mostra “um Estado socialista glutão, que se confunde com o PS”.
O resultado deste “método socialista”, segundo Francisco Rodrigues dos Santos, foi Portugal atirado para causa da Europa. “O método consiste em atirar dinheiro para cima dos problemas, o dinheiro desaparece, os problemas agudizam-se”.
O Governo liderado por António Costa, nas palavras do presidente do CDS-PP, apresenta-se "aos eleitores como grande dono do dinheiro público, distribuidor de subsídios, criador de emprego público", acusando-o se ser ainda o "maior alimentador da sua principal base eleitoral, a administração pública".
"Estas são razões mais do que suficientes que levam o CDS a exigir a revisão do PRR e a sua imediata votação no parlamento", reiterou, uma ideia que já tinha defendido esta semana em comunicado.
O Plano de Recuperação e Resiliência, que Portugal apresentou para aceder às verbas comunitárias para fazer face às consequências da pandemia de covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, do clima e digitalização, correspondentes a um total de 13,9 mil milhões de euros de subvenções.
Depois de um primeiro esboço apresentado à Comissão Europeia em outubro passado, e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou a versão preliminar e resumida deste plano em consulta pública no início da semana passada.
Segundo o executivo, foram definidas três "dimensões estruturantes" de aposta – resiliência, transição climática e transição digital -, às quais serão alocados 13,9 mil milhões de euros de subvenções a fundo perdido das verbas europeias.
No documento, estão também previstos 2,7 mil milhões de euros através de empréstimos.