Pandemia provoca queda de um ano na esperança de vida nos EUA

Pandemia provoca queda de um ano na esperança de vida nos EUA


“Nunca vimos uma queda tão forte desde a primeira metade do século 20, quando as doenças infecciosas eram mais comuns”, comentou Elizabeth Arrias, em declarações ao jornal The Washington Post.


A esperança de vida nos Estados Unidos caiu um ano no primeiro semestre de 2020, em resultado do impacto da pandemia de covid-19, segundo dados de uma agência governamental dos EUA.

 

Os norte-americanos podem agora esperar viver, em média, até aos 77,8 anos, a mesma expectativa de vida registada em 2006 e menos um ano do que em 2019, depois da queda mais drástica desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com dados hoje revelado pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, um departamento do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA.

"Nunca vimos uma queda tão forte desde a primeira metade do século 20, quando as doenças infecciosas eram mais comuns", comentou Elizabeth Arrias, em declarações ao jornal The Washington Post.

O impacto da pandemia na queda da esperança de vida foi mais visível na população negra e latino-americana, refletindo as disparidades raciais provocadas pela crise sanitária que está a afetar fortemente os Estados Unidos, um dos países mais fustigados com a propagação do novo coronavírus, com quase meio milhão de mortes.

Os negros norte-americanos perderam 2,7 anos de expectativa de vida e os latinos perderam 1,9, contra uma queda de 0,8 anos na população branca.

No final do primeiro semestre de 2020, a expectativa de vida para o total da população era de 77,8 anos, mas era de 72 anos para os negros e 79,9 para os latinos, sendo de 78 anos para a população branca.