O Governo cabo-verdiano anunciou hoje que está "proibida" a realização de qualquer desfile organizado ou espontâneo de Carnaval, bem como festas públicas ou privadas, como prevenção da transmissão da covid-19.
As medidas, aprovadas em Conselho de Ministros na quarta-feira, foram anunciadas hoje pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, e incluem o reforço da fiscalização dos estabelecimentos de consumo de bebidas alcoólicas, "no que respeita ao cumprimento escrupuloso das regras de lotação e dos horários de funcionamento".
Sobre os convívios nas residências particulares, Paulo Rocha esclareceu que não são proibidos, mas que devem "acontecer num contexto restrito, de natureza muito familiar, de modo a minimizar os riscos de propagação do contágio".
O ministro justificou a adoção destas medidas com a possibilidade de estes eventos promoverem "a aglomeração desregrada de pessoas e de fomentar uma grande mobilidade das pessoas" no próprio concelho ou entre concelhos.
O Governo decidiu proibir os desfiles organizados de rua, bem como as festas em espaços públicos ou privados, promovidas no âmbito do Carnaval ou das celebrações culturais do Dia de Cinzas, o mesmo acontecendo com os desfiles organizados de rua e com as festas em espaços públicos ou privados.
A proibição aplica-se ainda às "manifestações individuais espontâneas" de Carnaval, "sempre que fomentarem a aglomeração de pessoas".
O Governo cabo-verdiano também não vai conceder este ano a habitual tolerância de ponto para o Carnaval e início da Quaresma, a 16 e 17 de fevereiro.