“Emissão histórica” da dívida pública traz “poupança significativa para os contribuintes”

“Emissão histórica” da dívida pública traz “poupança significativa para os contribuintes”


Resultado desta “emissão histórica comprova o trabalho e a política económica e financeira que Portugal tem conseguido executar no atual contexto”, diz Ministério das Finanças.


O Ministério das Finaças congratulou-se com o resultado da emissão de dívida a 30 anos realizada esta quarta-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). Segundo o gabinete de João Leão, este resultado vai representa “uma poupança significativa para o país e para os contribuintes”, além da captação de novos investidores.

Portugal financiou-se em três mil milhões de euros numa emissão de dívida a 30 anos e, segundo ministério, gerou interesse junto dos investidores, uma vez que a procura superou os 40 mil milhões de euros. Numa nota enviada à imprensa, o Ministério das Finanças não tem dúvidas que esta foi uma “emissão histórica”.

“Tendo por referência que as OT emitidas durante o ano de 2020 tiveram uma maturidade média aproximada de 10 anos, a emissão de hoje, com prazo 30 anos (abril de 2052) e um custo de 1,022%, contribui positivamente para um alongamento da maturidade média e para a diminuição do custo médio da dívida total”, explica o gabinete do ministro das Finanças.

A nota acrescenta que no mês passado, foram emitidas OT, através de leilão, no montante de 500 milhões de euros, com maturidade de 10 anos, e 750 milhões de euros, com maturidade de 15 anos, correspondendo a uma maturidade média próxima dos 13 anos. “Foram, nessa data, emitidas pela primeira vez, para o prazo de 10 anos, OT com uma yield negativa, resultando numa taxa média dessa colocação de 0,19%”.

A nota diz ainda ser de salientar que o país “nunca tinha conseguido alcançar condições financeiras tão favoráveis para uma emissão com uma maturidade tão longa, representando uma poupança significativa para o país e para os contribuintes”.

É nesse sentido que o Ministério das Finanças defende que o resultado desta “emissão histórica comprova o trabalho e a política económica e financeira que Portugal tem conseguido executar no atual contexto, mostrando a confiança que os investidores colocam no futuro da nossa economia”.