Para André Ventura, a TAP já deveria ter passado por uma reestruturação, foi o que começou por dizer, esta quinta-feira à saída da reunião sobre o plano para a companhia aérea.
“A TAP já deveria ter sido reestruturada, não era neste momento de grande dificuldade de acesso ao mercado que a TAP deveria ser reestruturada”, disse o líder do Chega aos jornalistas, na Assembleia da República. “Já no período pré-covid a TAP tinha dois critérios de risco muito significativos: tinha capitais próprios negativos e tinha dívidas superiores a 300 milhões de euros a mais de 90 dias. Isto significa que qualquer gestor responsável já teria feito uma restruturação”.
O líder do Chega criticou ainda os “milhões de euros” gastos pela TAP em “multas e indemnizações por atrasos” e o dinheiro para a “substituição da tripulação e a substituição de pilotos das rotas”. Para André Ventura, “o ministro Pedro Nuno Santos tem explicações a dar”.
“Todo o plano está a ser feito numa lógica que é até estranha da parte do PS, que é em cortar pessoal, cortar salários, quando a TAP tem um problema de insuficiência muito grande”, disse ainda, adiantando que “a TAP por este caminho não vai chegar a porto nenhum”, uma vez que “quando olhamos para um plano que não está a olhar para a lógica da eficiência da otimização mas do mero corte, percebemos que algo está a ser mal feito”.
André Ventura defendeu ainda que “o plano deve ser discutido no Parlamento" e que "os partidos devem aprová-lo ou não”. Para o deputado, trata-se de “uma questão de coerência”.