Portugal colocou mil milhões em dívida a 8 e 17 anos

Portugal colocou mil milhões em dívida a 8 e 17 anos


“Os níveis atuais de taxas de emissão de dívida, têm permitido baixar significativamente o custo do serviço da dívida nacional”, disse Filipe Silva, do Banco Carregosa.


Portugal colocou esta quarta-feira mil milhões de euros, montante máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro (OT) a cerca de oito e 17 anos, a juros negativos no prazo mais curto.

Segundo a página do IGCP, que gere a dívida pública, foram colocados 654 milhões de euros em OT com maturidade em 17 de outubro de 2028 (cerca de oito anos) à taxa de juro de -0,085%. A procura cifrou-se em 1.546 milhões de euros, 2,36 vezes o montante colocado.

Com maturidade em 15 de abril de 2037 (cerca de 17 anos), Portugal colocou hoje 346 milhões de euros à taxa de juro de 0,472%. A procura atingiu cerca de 793 milhões de euros, 2,29 vezes o montante colocado.

“Portugal emitiu com sucesso 1.000 milhões de dívida de longo prazo, 654 milhões em obrigações do tesouro a 8 anos com taxa de -0,085% e 346 milhões a 17 anos com taxa de 0,472%. O Risco de Portugal tem estado estável e descendente nos últimos meses, com a dívida a 10 anos a atingir mínimos do ano 0,136%. Este movimento permitiu a emissão de dívida a 8 anos com uma taxa negativa, aliás é o terceiro leilão do ano para maturidades longas onde tal foi possível, sendo que nos outros dois a maturidade dos leilões foi mais curta, 6 anos. A descida do risco nacional acompanhou a tendência de todas as dívidas soberanas europeias, onde outros países também viram as suas taxas de referência de longo prazo atingirem mínimos. O contínuo suporte do Banco Central Europeu associado ao fato de que iremos ter taxas baixas por um período longo de tempo, tem levado os investidores a procurarem investimentos onde ainda seja possível ter um retorno positivo ou menos negativo versus outras alternativas. Os níveis atuais de taxas de emissão de dívida, têm permitido baixar significativamente o custo do serviço da dívida nacional”, disse Filipe Silva, do Banco Carregosa.