Turquia ameaça abrir portas da Europa aos refugiados. Bulgária e Grécia reforçam segurança nas fronteiras

Turquia ameaça abrir portas da Europa aos refugiados. Bulgária e Grécia reforçam segurança nas fronteiras


Recorde-se que a Turquia acolhe no país cerca de 3,6 milhões de refugiados sírios.


Depois dos últimos desenvolvimentos no conflito sírio, após um ataque aéreo em Idlib que matou vários soldados turcos, esta quinta-feira, Ancara disse que vai deixar de impedir que os refugiados cheguem à Europa através das fronteiras.

Face às notícias, a Bulgária, que partilha a fronteira terrestre com controlos fronteiriços com a Turquia, reforçou esta sexta-feira o patrulhamento nas fronteiras terrestres e marítima com o país vizinho.

Boïko Borissov, primeiro-ministro búlgaro, disse aos jornalistas que está preocupado "pela retirada da guarda fronteiriça turca" e acrescentou que está a aguardar uma conversa telefónica com o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

"Com aquilo que está a acontecer, o perigo é real neste momento: as pessoas estão a fugir de mísseis", disse o primeiro-ministro búlgaro, revelando que as unidades de patrulhamento fronteiriço foram reforçadas "no início da manhã de hoje".

Recorde-se que a Turquia acolhe no país cerca de 3,6 milhões de refugiados sírios. A Bulgária é membro da União Europeia, mas não integra o espaço Schengen.

Também a Grécia anunciou um reforço do patrulhamento das zonas fronteiriças, tal como a Bulgária.

A Comissão Europeia já reagiu e pediu à Turquia que cumpra os seus compromissos relativos ao acolhimento de migrantes. "Esperemos que a Turquia cumpra os seus compromissos e que as autoridades turcas confirmem que não houve qualquer mudança nas suas políticas e na sua posição oficial", disse o porta-voz da diplomacia europeia, Peter Stano.

Recorde-se que os ataques aéreos desta quinta-feira foram atribuídos pela Turquia ao regime sírio, militarmente apoiado pela Rússia.