Saiba quem é Manuel Magina, o novo diretor nacional da PSP

Saiba quem é Manuel Magina, o novo diretor nacional da PSP


Tem 54 anos, era o diretor nacional adjunto para a Unidade Orgânica de Operações e Segurança e passa agora a chefiar a polícia.


O superintendente-chefe Manuel Augusto Magina da Silva foi esta quarta-feira anunciado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) como o novo diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), substituindo assim Luís Farinha, que terminou o seu mandato em novembro de 2019.

“O primeiro-ministro e o ministro da Administração Interna nomearam o superintendente-chefe Manuel Augusto Magina da Silva para o cargo de diretor nacional da Polícia de Segurança Pública”, refere uma nota do gabinete do ministro Eduardo Cabrita.

Manuel Augusto Magina da Silva tem 54 anos e exerce as funções de diretor nacional adjunto (DNA) para a Unidade Orgânica de Operações e Segurança da PSP desde o dia 3 de agosto de 2015. É licenciado em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), tendo também concluído os cursos de operações especiais, de direção e estratégia policial e de auditor de defesa nacional.

Na mesma nota, o MAI refere que a cerimónia de tomada de posse do novo diretor nacional da PSP será realizada na segunda-feira no Ministério da Administração Interna, pelas 17h30.

Recorde-se que o processo de seleção do novo diretor nacional da PSP foi longo. No início do ano, a 7 de janeiro, Eduardo Cabrita tinha estado reunido com cinco superintendentes-chefes da PSP, por forma a auscultá-los no âmbito deste processo. Entre os candidatos encontravam-se José Torres, DNA para a Logística e Finanças, Abílio Pinto Vieira, o DNA dos Recursos Humanos, Paulo Lucas, comandante da PSP do Porto e José Barros Correia, diretor dos Serviços Sociais desta força de segurança, para além de Magina da Silva, que veio a superar a concorrência.

Pedro Carmo, presidente da Organização Sindical dos Polícias (OSP/PSP), explica ao i que a extensa experiência profissional de Magina da Silva jogou a seu favor.

Além de ter sido diretor nacional adjunto de Operações e Segurança da PSP, Magina da Silva participou em diversas ações de intercâmbio no domínio técnico e tático envolvendo Unidades de Operações Especiais contraterroristas de diversos países. Foi perito nacional no Grupo de Trabalho Técnico para Grandes Eventos e Informação relacionada com Terrorismo (METRI PRUM). Esteve também envolvido no planeamento e comando de diversas operações policiais complexas e de elevado risco entre maio de 2008 e fevereiro de 2012, como foi o caso da visita do Papa Bento XVI em maio de 2010 ou a realização da cimeira da NATO em novembro do mesmo ano.

Quanto aos maiores desafios que o novo diretor nacional da PSP enfrentará, o representante da OSP aponta a “falta gritante de pessoal e meios”. “Ele vai tentar fazer com que as coisas andem para a frente com a fraca matéria que tem para gerir. No fundo herdou as dificuldades do seu antecessor”, afirmou.

 

Passado envolto em polémica

Magina da Silva esteve envolvido em 2019 num escândalo de violência doméstica, depois de a mulher de um colega seu ter acusado o marido de violência doméstica e de ter afirmado que o superintendente sabia do sucedido.

O mesmo acabou por esclarecer o caso, afirmando que lhe havia sido transmitido que existia “um clima tenso e desavenças entre ambos, sem referir a existência de atos de agressão e muito menos ameaças com armas de fogo ou outras circunstâncias que lhe permitissem aperceber-se do grave e repugnante quadro de violência doméstica traçado”.