Mais de 50 pessoas, entre as aus sete estão em estado grave, foram infetadas por um vírus desconhecido pela ciência, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan. Esta doença deixa os pacientes com sintomas de pneumonia e já provocou um morto, na passada quinta-feira Um alerta foi lançado pela Organização Mundial de Saúde, que não descarta possibilidade de ocorrer um cenário de contágio em massa.
“Estamos a preparar-nos para a hipótese de contágios em massa, pelo que estão a ser tomadas medidas de prevenção e controlo de infeções para que todos os hospitais do mundo apliquem as precauções habituais”, avançou a diretora interina do departamento de doenças emergentes da Oorganização Mundial de Saúde (OMS), em conferência de imprensa.
Os sintomas começaram a surgir no dia 12 de dezembro. Até ao momento, os especialistas, depois de terem analisado algumas amostras em laboratório, concluíram que a infeção é um coronavírus, uma família de vírus, entre os quais alguns que afetam os seres humanos. Destes são exemplo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que matou 774 das 8.098 pessoas infectadas numa epidemia que começou na China, em 2002.
"Há uma memória forte da Sars, e é daí que vem muito medo, mas nós estamos muito mais preparados para lidar com esses tipos de doenças", afirmou Josie Golding, da Wellcome Trust, organização não governamental sediada no Reino Unido, citado pela BBC.
Ainda não se sabe a origem da doença, no entanto, os casos têm sido associados ao mercado público de frutos do mar na cidade chinesa, que se encontra agora encerrado para limpeza e desinfeção.
O vírus misterioso já chegou à Tailândia, através de uma mulher chinesa de 61 anos que viajou da cidade de Wuhan. O coronavírus pode causar apenas uma constipação forte ao paciente, como pode provocar a sua morte. "Quando vimos um novo coronavírus, procuramos saber quão severos são os sintomas, e se eles são mais parecidos aos de uma constição, o que gera preocupação, mas não são tão graves quanto os da Sars", afirmou o professor Mark Woolhouse, da Universidade de Edimburgo.
Os especialistas acreditam que este vírus não se transmite de pessoa para pessoa, no entanto, afirmam ser muito cedo para assegurar isso. As pessoas infetadas foram isoladas, com o intuito de proteger a população e mais de 150 pessoas que estiveram em contacto com os doentes também estão a ser monotorizadas por especialistas, segundo um comunicado da Comissão Municipal de Wuhan.
As autoridades chinesas mostram-se ainda preocupadas com a celebração do Ano Novo Chinês, no fim de janeiro, uma época em que centenas de milhões de pessoas viajam pelo continente asiático, o que pode provocar a propagação da doença.