O socialista Fernando Assis defende que a geringonça “acabou” e considera que “este é um Governo muito António Costa, com pessoas muito próximas do primeiro-ministro”.
Francisco Assis, que comentou o novo Governo socialista na Rádio Renascença, considera que António Costa demonstrou, mais uma vez, que gosta de governos formados por pessoas da sua confiança pessoal. “Isto é um Governo muito António Costa. É um Governo de pessoas muito próximas do primeiro-ministro”.
Para Assis, a prova disso é a escolha de Siza Vieira para número dois, “uma pessoa que nunca teve intervenção política”. E de Mariana Vieira da Silva que é promovida a ministra de Estado. “Causa-me alguma surpresa que assuma estas funções porque é uma pessoa que não tem um percurso político, um pensamento ou uma linha de orientação”. O socialista assume que teria feito escolhas “radicalmente” diferentes e contesta a continuidade de alguns ministros que estão “muito desgastados junto da opinião pública”.
Francisco Assis foi dos poucos dentro do PS que contestou os acordos à esquerda. O socialista defende que, ao contrário do que veio dizer o PS, a geringonça “acabou” e “vamos entrar numa nova fase”. Para o ex-deputado, o PS deve continuar disponível para acordos à esquerda, mas deve abrir a porta a compromissos com os partidos à sua direita.
Desilusão O PSD foi o único partido que reagiu ao anúncio do novo Governo. O vice-presidente do partido José Manuel Bolieiro, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, considerou que o novo executivo é uma “desilusão”. O PSD lamentou que não tenha havido mudanças em áreas como a Saúde, Justiça e Educação. “Não é um novo Governo, é uma remodelação, com um Governo aumentado, mais ministros, mais máquina partidária, designadamente do secretariado do PS”.
CDS, PCP e Bloco de Esquerda não comentaram o novo executivo. O dirigente centrista João Almeida escreveu, nas redes sociais, que este Governo “podia ter sido notícia pela qualidade dos seus membros”, mas só “foi notícia pela quantidade de ministros”. E garantiu que o CDS apresentará “alternativas de direita a este socialismo cansado e gasto”.