São Tomé e Príncipe. Rui Gomes da Silva nomeado conselheiro do primeiro-ministro

São Tomé e Príncipe. Rui Gomes da Silva nomeado conselheiro do primeiro-ministro


O ex-vice-presidente do Benfica e antigo político do PSD assumiu funções há cerca de dois meses.


Rui Gomes da Silva foi apontado conselheiro especial de Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro e chefe do Governo de São Tomé e Príncipe.

O comentador desportivo confirmou ao i que a integração no gabinete do Executivo são-tomense decorre desde 1 de abril deste ano. Segundo o despacho relativo à nomeação de Rui Gomes da Silva, o cargo “não acarretará quaisquer encargos ao erário público”.

Questionado sobre que tipo de trabalho está a desenvolver com Jorge Bom Jesus, o antigo ministro do Governo de Santana Lopes não quis adiantar quaisquer informações por “questões éticas” e apenas avançou que irá apoiar o dirigente dentro das suas capacidades e espaço de atuação.

“O senhor primeiro-ministro convidou-me, falámos sobre vários assuntos e eu aceitei. Vou ajudar naquilo que posso a dinamizar algumas situações na qualidade de advogado e de conselheiro especial”, afirmou.

O antigo deputado social-democrata sublinhou ainda que este compromisso é recente e que ainda só se reuniu por duas vezes com o primeiro-ministro.

Governação atribulada Nos últimos meses, o Governo liderado por Jorge Bom Jesus tem sido fortemente criticado por falta de ação perante as dificuldades que o país atravessa. O aumento do desemprego, a subida do custo de vida e a falta de combustíveis nas bombas de gasolina são algumas das situações mais preocupantes em São Tomé e Príncipe.

Entre protestos e acusações, o Parlamento debateu esta terça-feira uma moção de confiança ao Governo, durante uma sessão parlamentar realizada para discutir o estado da justiça no país.

A moção de confiança foi aprovada, mas não sem críticas por parte da oposição, que tinha pedido na última sessão plenária a demissão de Jorge Bom Jesus. O ex-líder da bancada parlamentar do partido Ação Democrática Independente (ADI) acusou o Governo de estar a “violar a Constituição da República”.

Sublinhe-se que a moção de confiança foi introduzida na mesa da Assembleia Nacional e pela bancada parlamentar do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), que sustenta o Governo, a pedido do próprio primeiro-ministro.