O acordo de paz social foi tomado esta terça-feira durante a segunda ronda de negociações, mas parece que as duas partes – ANTRAM e Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) – continuam a falar línguas diferentes.
Por partes: de um lado, a ANTRAM disse esta quarta-feira em comunicado que o sindicato apresentou uma nova proposta cujo salário base indicado é de 700 euros – muito menos do que os 1200 euros que os motoristas exigiam desde o início dos protestos.
A ANTRAM sublinha a “clara mudança de postura” do sindicato e refere que a “nova contraproposta assenta, agora, num salário base de 700 euros com efeitos a partir do dia 1 de janeiro de 2020”. Além disso, os termos do atual contrato de trabalho coletivo assinado entre a ANTRAM e a FECTRANS continuam iguais.
Já do lado do sindicato, aos jornalistas, Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do SNMMP, disse no final da reunião que o valor acordado se aproximava “muito, muito” daquele que o sindicato queria. Ao i, pouco depois da reunião, o vice-presidente garantiu que a reunião “correu muito bem” e que “superou as expectativas”.
“Em princípio, em janeiro de 2020 estarão a fazer descontos sobre os 1400 euros, em 2021 sobre os 1550 euros, e em 2022 sobre 1790 euros”, afirmou Pedro Pardal Henriques.