O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, levou a debate esta quinta-feira, no Parlamento, o "elefante na sala", o das nomeações de família no Governo. Perguntou o que se passa com o Executivo, que não consegue evitar escolhas de familiares, mas o primeiro-ministro assegurou que "ninguém foi nomeado em função da família".Mais, António Costa deixou o desafio à comissão de reforço para a transparência para definir os graus de impedimentos e critérios a aplicar tanto para o atual governo como para os futuros executivos. "Onde se traça a fronteira?", perguntou Costa, chegando a falar de inúmeros exemplos, até do sobrinho do presidente da República, que chegou a estar nomeado. Em suma, " o tema não pode ser tratado com chicana", defendeu Costa.
No dia em que se demitiu o secretário de Estado do Ambiente, por ter nomeado o primo, Costa não fugiu ao tema e assegurou que "o único caso" em que se violou a ética já está resolvido: saiu o nomeado e o governante. A frase do primeiro-ministro sinalizou que o Executivo acredita que este terá sido um caso isolado. Isto numa altura em que existem instruções internas para fiscalizar a possibilidade de outras situações.