Ao segundo dia de greve dos professores fecharam entre 70 a 80 escolas do Alentenjo e Algarve, onde incidiu o protesto.
A estimativa foi avançada ao i pela Fenprof que acrescenta ainda que durante o dia de ontem “algumas escolas estiveram a funcionar apenas com um professor a trabalhar”.
O mesmo cenário é traçado pelo secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, que aponta para uma adesão de 80% espelhando aquilo “que é a fortíssima insatisfação dos professores”.
Hoje a paralisação dos docentes vai decorrer nas escolas dos distritos de Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu, Guarda e Castelo Branco. Amanhã, último dia de greve, será a vez de os professores das escolas do Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança fazerem greve.
Os professores voltaram a fazer greve esta semana por causa do descongelamento do tempo de serviço. Em causa estão nove anos, quatro meses e dois dias que os docentes querem que o governo contabilize para efeitos de progressão de carreira com o respetivo acerto salarial. Mas o governo já anunciou que vai aprovar um decreto lei para considerar só dois anos, nove meses e 18 dias. Ou seja, apenas 30% do total do tempo de serviço que os docentes viram congelado.
Este braço de ferro que já se arrasta há quase um ano levou os professores a avançarem com protestos no ano letivo passado, como foi o caso da greve de um mês às avaliações dos alunos. Além da greve que decorre esta semana, já este ano os professores realizaram plenários em todas as escolas do país durante a primeira semana de aulas. E os protestos não se vão ficar por aqui. Para esta sexta-feira, quando se assinala o Dia Mundial do Professor, está marcada uma manifestação nacional em Lisboa, com partida da Alameda D. Afonso Henriques rumo ao Ministério das Finanças. Nesse dia, a plataforma de dez sindicatos dos professores – incluindo a FNE e a Fenprof – vão anunciar mais protestos.