Eurovisão. Impacto económico poderá chegar  aos 100 milhões

Eurovisão. Impacto económico poderá chegar aos 100 milhões


A par das receitas dos hotéis e restaurantes, a AHRESP lembra que é necessário contar com o negócio de outras empresas ligadas a este evento, o que faz com que o bolo aumente significativamente. De acordo com a associação, os hotéis no centro da cidade já estão esgotados 


O impacto económico do Festival da Eurovisão poderá atingir os 100 milhões de euros. As contas são do diretor-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), José Esteves. Só as receitas de hotéis e restaurantes deverão atingir dezenas de milhões de euros só esta semana, mas o responsável lembra ao i que a este montante é necessário “juntar a cadeia de valor que o turismo arrasta consigo e que está ligada a empresas de construção civil, de cenários, a empresas de rent–a-car, de animação noturna, entre outras”. O responsável não tem dúvidas: “Nem a Expo98, nem o Euro2004, nem a própria Web Summit tiveram este impacto e esta capacidade de promoção do país.” 

Para José Esteves, os números são simples: os hotéis no centro de Lisboa já estão esgotados e na zona da Grande Lisboa estão a registar crescimentos de 30 a 40% face a igual período do ano passado. “É uma oportunidade única e talvez irrepetível nos próximos anos e, por isso, não poderia ser desperdiçada, não só pelo retorno económico que vamos ver agora e que é relevante pois, se não tivéssemos este evento, os números de maio seriam aproximadamente iguais aos do ano passado, mas mais importante é o investimento neste momento extremamente mediático, único e que terá visibilidade durante uma semana com as preparações e pré-eliminatórias e final. Basta ver que temos dois mil jornalistas registados provenientes de 80 países”, refere o responsável. 

O diretor-geral da AHRESP chama ainda a atenção para o facto de muitas reservas já estarem a ser alargadas pós-festival. “Sente-se que houve uma curiosidade por descobrir o país, o que é bastante positivo para Portugal”, refere ao i. No entanto, lamenta os atuais constrangimentos que são sentidos no aeroporto de Lisboa no momento da chegada, devido às limitações de crescimento da infraestrutura, assim como as longas esperas no SEF. “A esmagadora maioria dos visitantes vem de avião para Portugal, acredito que só alguns espanhóis chegarão de carro. São problemas que têm de ser resolvidos urgentemente. Não basta ter um bom clima e uma boa gastronomia para cativar os turistas. É também importante dar condições de chegada.” 

O impacto económico do Festival da Eurovisão poderá atingir os 100 milhões de euros. As contas são do diretor-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), José Esteves. Só as receitas de hotéis e restaurantes deverão atingir dezenas de milhões de euros só esta semana, mas o responsável lembra ao i que a este montante é necessário “juntar a cadeia de valor que o turismo arrasta consigo e que está ligada a empresas de construção civil, de cenários, a empresas de rent–a-car, de animação noturna, entre outras”. O responsável não tem dúvidas: “Nem a Expo98, nem o Euro2004, nem a própria Web Summit tiveram este impacto e esta capacidade de promoção do país.” 

Para José Esteves, os números são simples: os hotéis no centro de Lisboa já estão esgotados e na zona da Grande Lisboa estão a registar crescimentos de 30 a 40% face a igual período do ano passado. “É uma oportunidade única e talvez irrepetível nos próximos anos e, por isso, não poderia ser desperdiçada, não só pelo retorno económico que vamos ver agora e que é relevante pois, se não tivéssemos este evento, os números de maio seriam aproximadamente iguais aos do ano passado, mas mais importante é o investimento neste momento extremamente mediático, único e que terá visibilidade durante uma semana com as preparações e pré-eliminatórias e final. Basta ver que temos dois mil jornalistas registados provenientes de 80 países”, refere o responsável. 

O diretor-geral da AHRESP chama ainda a atenção para o facto de muitas reservas já estarem a ser alargadas pós-festival. “Sente-se que houve uma curiosidade por descobrir o país, o que é bastante positivo para Portugal”, refere ao i. No entanto, lamenta os atuais constrangimentos que são sentidos no aeroporto de Lisboa no momento da chegada, devido às limitações de crescimento da infraestrutura, assim como as longas esperas no SEF. “A esmagadora maioria dos visitantes vem de avião para Portugal, acredito que só alguns espanhóis chegarão de carro. São problemas que têm de ser resolvidos urgentemente. Não basta ter um bom clima e uma boa gastronomia para cativar os turistas. É também importante dar condições de chegada.” 

Procura dispara Também as contas da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) são animadoras. Para esta semana, mais de 75% dos hotéis revelam que estão com uma taxa de ocupação entre os 74% e os 80%, mas há quem esteja a a registar taxas na ordem dos 90%, com as unidades de quatro estrelas a registarem a maior procura. Os dados são indicados pelo “Future Monitor” da AHP feito em abril para maio, para Lisboa, que conta na amostra com 80 hotéis de vários segmentos – uma ferramenta que faz as previsões tendo em conta pré-reservas e reservas efetivas.

“Os [hotéis de] quatro estrelas são efetivamente os mais procurados, e mais ainda no fim de semana. Há uma previsão de grande impacto deste evento”, informa-se, acrescentando, no entanto, que “maio já é todos os anos, tradicionalmente, um mês muito forte” para a hotelaria na capital.

Segundo a AHP, em 2014, o setor registou uma taxa de ocupação de 89%, em 2015 de 90% e em 2016 e 2017 de 89%. “Maio era um mês muito de eventos e negócios em Lisboa. O que é diferente é que agora é mais lazer do que antes”, explica.

A associação admite que, à semelhança de outros eventos, os preços médios vão subir este mês, dada a elevada procura, mas acredita que “não é expetável um salto muito grande”. O preço médio por quarto vendido em 2014 foi de 96 euros, em 2015 de 94 euros, em 2016 de 104 euros e em 2017 subiu para os 117 euros.

Também a plataforma Airbnb refere que as pesquisas por alojamentos em Lisboa para a semana do Festival da Eurovisão 2018 aumentaram 42% face a igual período de 2017.

“A elevada procura por alojamento através da Airbnb para a semana entre 8 e 13 de maio faz com que estejam apenas disponíveis 15% dos alojamentos em Lisboa anunciados na plataforma, com preços médios de 63 euros por noite para um quarto privativo e de 150 euros por noite para um apartamento com dois quartos em uso exclusivo. Durante o fim de semana em que se realiza a final do festival, a disponibilidade será ainda mais baixa: apenas 10% de todos os alojamentos anunciados na plataforma estão disponíveis para reserva”, refere a Airbnb.

Já um novo relatório da eDreams, “a maior agência de viagens online da Europa”, indica que, durante esta semana, Lisboa vai receber mais 37% de visitantes internacionais do que em igual período do ano anterior.

Também as contas da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) são animadoras. Para esta semana, mais de 75% dos hotéis revelam que estão com uma taxa de ocupação entre os 74% e os 80%, mas há quem esteja a a registar taxas na ordem dos 90%, com as unidades de quatro estrelas a registarem a maior procura. Os dados são indicados pelo “Future Monitor” da AHP feito em abril para maio, para Lisboa, que conta na amostra com 80 hotéis de vários segmentos – uma ferramenta que faz as previsões tendo em conta pré-reservas e reservas efetivas.

“Os [hotéis de] quatro estrelas são efetivamente os mais procurados, e mais ainda no fim de semana. Há uma previsão de grande impacto deste evento”, informa-se, acrescentando, no entanto, que “maio já é todos os anos, tradicionalmente, um mês muito forte” para a hotelaria na capital.

Segundo a AHP, em 2014, o setor registou uma taxa de ocupação de 89%, em 2015 de 90% e em 2016 e 2017 de 89%. “Maio era um mês muito de eventos e negócios em Lisboa. O que é diferente é que agora é mais lazer do que antes”, explica.

A associação admite que, à semelhança de outros eventos, os preços médios vão subir este mês, dada a elevada procura, mas acredita que “não é expetável um salto muito grande”. O preço médio por quarto vendido em 2014 foi de 96 euros, em 2015 de 94 euros, em 2016 de 104 euros e em 2017 subiu para os 117 euros.

Também a plataforma Airbnb refere que as pesquisas por alojamentos em Lisboa para a semana do Festival da Eurovisão 2018 aumentaram 42% face a igual período de 2017.

“A elevada procura por alojamento através da Airbnb para a semana entre 8 e 13 de maio faz com que estejam apenas disponíveis 15% dos alojamentos em Lisboa anunciados na plataforma, com preços médios de 63 euros por noite para um quarto privativo e de 150 euros por noite para um apartamento com dois quartos em uso exclusivo. Durante o fim de semana em que se realiza a final do festival, a disponibilidade será ainda mais baixa: apenas 10% de todos os alojamentos anunciados na plataforma estão disponíveis para reserva”, refere a Airbnb.

Já um novo relatório da eDreams, “a maior agência de viagens online da Europa”, indica que, durante esta semana, Lisboa vai receber mais 37% de visitantes internacionais do que em igual período do ano anterior.