O mundo nas mãos de um louco e dos seus aliados


Donald Trump atacou a Síria. Emmanuel Macron viu as provas da utilização de armas químicas pelo regime sírio, tal como no passado Tony Blair as tinha visto e mostrado ao nosso então primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso. Até Angela Merkel, que inicialmente tinha afirmado que a Alemanha não iria mexer uma palha para intervir na…


Não se aprendeu nada com a invasão do Iraque há 15 anos. Só que os “nossos aliados”, como gostam as altas figuras do Ocidente de nomear os Estados Unidos, são agora dirigidos por um louco perigoso, perfeitamente capaz de espoletar uma terceira guerra mundial. 

De que é que serviu o ataque de sábado, onde o louco viu – como outro louco anterior mas menos histriónico, George W. Bush – uma “missão cumprida”. Não serviu para nada. O regime de Assad, que entretanto conseguiu isolar o Daesh, cujo principal alvo eram as cidades ocidentais, ficou na mesma. 

O mundo sempre foi um lugar perigoso. Quem viveu a Guerra Fria sabe o tempo que demorou até se ter acordado uma política de convivência que não levasse imediatamente a uma terceira guerra mundial. Acontece que Donald Trump é perfeitamente capaz de desencadear o fim do mundo. Do outro lado, cada vez mais imperial e arrogante, está um terceiro louco, Vladimir Putin, aliado do regime de Assad. 

Apoiar o ataque de sábado e alertar contra “a escalada bélica” é em si uma contradição que foi alegremente produzida pelo governo português e restantes países europeus. No meio dos aliados de Donald Trump, sobrou uma única voz razoável: a do líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn que se opôs ao ataque. O défice de razoabilidade internacional é o mais grave dos défices. 


O mundo nas mãos de um louco e dos seus aliados


Donald Trump atacou a Síria. Emmanuel Macron viu as provas da utilização de armas químicas pelo regime sírio, tal como no passado Tony Blair as tinha visto e mostrado ao nosso então primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso. Até Angela Merkel, que inicialmente tinha afirmado que a Alemanha não iria mexer uma palha para intervir na…


Não se aprendeu nada com a invasão do Iraque há 15 anos. Só que os “nossos aliados”, como gostam as altas figuras do Ocidente de nomear os Estados Unidos, são agora dirigidos por um louco perigoso, perfeitamente capaz de espoletar uma terceira guerra mundial. 

De que é que serviu o ataque de sábado, onde o louco viu – como outro louco anterior mas menos histriónico, George W. Bush – uma “missão cumprida”. Não serviu para nada. O regime de Assad, que entretanto conseguiu isolar o Daesh, cujo principal alvo eram as cidades ocidentais, ficou na mesma. 

O mundo sempre foi um lugar perigoso. Quem viveu a Guerra Fria sabe o tempo que demorou até se ter acordado uma política de convivência que não levasse imediatamente a uma terceira guerra mundial. Acontece que Donald Trump é perfeitamente capaz de desencadear o fim do mundo. Do outro lado, cada vez mais imperial e arrogante, está um terceiro louco, Vladimir Putin, aliado do regime de Assad. 

Apoiar o ataque de sábado e alertar contra “a escalada bélica” é em si uma contradição que foi alegremente produzida pelo governo português e restantes países europeus. No meio dos aliados de Donald Trump, sobrou uma única voz razoável: a do líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn que se opôs ao ataque. O défice de razoabilidade internacional é o mais grave dos défices.