Eu já não via “O eixo do mal” , mas esqueci-me


O i e o “SOL” fazem notícias, mesmo quando as notícias desagradam aos seus amigos – como é o caso de Feliciano Barreiras Duarte, antigo colunista do i e hoje colunista do “SOL”.


No sábado à noite, enganei-me e acabei a assistir ao “Eixo do Mal”. É verdade que tinha deixado de ver o programa há séculos e trocado pelo de longe mais interessante “Governo Sombra”. A razão era muito simples: com a exceção do Luís Pedro Nunes, os outros três comentadores oscilavam entre a extrema previsibilidade, a baralhação e uma quase agonia. Pedro Marques Lopes, o defensor oficioso de José Sócrates, acolitado a espasmos por Daniel Oliveira, tinham transformado o programa numa coisa amoral. É evidente que não se pode pedir nem a Pedro Marques Lopes nem a Daniel Oliveira que saibam o que é o jornalismo – eles são comentadores, atores políticos de vez em quando, conselheiros de príncipes e reis (como era Pedro Marques Lopes conselheiro de Pedro Passos Coelho antes de se ter zangado com ele e ter passado à oposição interna dentro da suposta direita a que pertence, que entretanto se transferiu para a direita de Sócrates). Todos fazem muito bem em dizer o que lhes apetecer. Felizmente não há censura, a SIC está disponível para lhes pagar a produção em massa de tontarias e, por mim, tudo bem. 

O erro, digo já, foi meu quando, no sábado à noite, em vez de ir arrumar a cozinha, deixei-me ficar a ver o “Eixo do Mal”, já que o “Governo Sombra” mudou de dia. Se tivesse ido pôr a louça na máquina, não teria ouvido o defensor oficioso de José Sócrates, Pedro Marques Lopes, acusar o i e o “SOL” de não terem outra “agenda” senão a de tentar destruir a direção de Rui Rio. Claro que Marques Lopes não sabe distinguir uma notícia de uma locomotiva a vapor. Não nasceu para isto. É bom a fazer amigos e mau a avaliar linhas editoriais. Por exemplo, para manter os seus amigos, ignorou o que o “Expresso” escreve sobre a vida interna do PSD. É normal, a vida custa a todos. O i e o “SOL” fazem notícias, mesmo quando as notícias desagradam aos seus amigos – como é o caso de Feliciano Barreiras Duarte, antigo colunista do i e hoje colunista do “SOL”. Mas claro que o problema foi meu – da próxima vez, sem falta, mudo de canal, ligo a Netflix ou vou mesmo arrumar a cozinha.


Eu já não via “O eixo do mal” , mas esqueci-me


O i e o “SOL” fazem notícias, mesmo quando as notícias desagradam aos seus amigos - como é o caso de Feliciano Barreiras Duarte, antigo colunista do i e hoje colunista do “SOL”.


No sábado à noite, enganei-me e acabei a assistir ao “Eixo do Mal”. É verdade que tinha deixado de ver o programa há séculos e trocado pelo de longe mais interessante “Governo Sombra”. A razão era muito simples: com a exceção do Luís Pedro Nunes, os outros três comentadores oscilavam entre a extrema previsibilidade, a baralhação e uma quase agonia. Pedro Marques Lopes, o defensor oficioso de José Sócrates, acolitado a espasmos por Daniel Oliveira, tinham transformado o programa numa coisa amoral. É evidente que não se pode pedir nem a Pedro Marques Lopes nem a Daniel Oliveira que saibam o que é o jornalismo – eles são comentadores, atores políticos de vez em quando, conselheiros de príncipes e reis (como era Pedro Marques Lopes conselheiro de Pedro Passos Coelho antes de se ter zangado com ele e ter passado à oposição interna dentro da suposta direita a que pertence, que entretanto se transferiu para a direita de Sócrates). Todos fazem muito bem em dizer o que lhes apetecer. Felizmente não há censura, a SIC está disponível para lhes pagar a produção em massa de tontarias e, por mim, tudo bem. 

O erro, digo já, foi meu quando, no sábado à noite, em vez de ir arrumar a cozinha, deixei-me ficar a ver o “Eixo do Mal”, já que o “Governo Sombra” mudou de dia. Se tivesse ido pôr a louça na máquina, não teria ouvido o defensor oficioso de José Sócrates, Pedro Marques Lopes, acusar o i e o “SOL” de não terem outra “agenda” senão a de tentar destruir a direção de Rui Rio. Claro que Marques Lopes não sabe distinguir uma notícia de uma locomotiva a vapor. Não nasceu para isto. É bom a fazer amigos e mau a avaliar linhas editoriais. Por exemplo, para manter os seus amigos, ignorou o que o “Expresso” escreve sobre a vida interna do PSD. É normal, a vida custa a todos. O i e o “SOL” fazem notícias, mesmo quando as notícias desagradam aos seus amigos – como é o caso de Feliciano Barreiras Duarte, antigo colunista do i e hoje colunista do “SOL”. Mas claro que o problema foi meu – da próxima vez, sem falta, mudo de canal, ligo a Netflix ou vou mesmo arrumar a cozinha.