Os professores visitantes com “canudos” bonitos


Se a procuradoria-geral da República passasse dois ou três meses nas universidades mais duvidosas teria de recrutar muitos mais funcionários para “vasculhar” tanta trafulhice. Trafulhice, diga-se em abono da verdade, que na maior parte dos casos não passa de vaidade pura, de personagens que querem ser tratados por professor doutor ou algo parecido


Feliciano Barreiras Duarte teve o tempo suficiente para apresentar provas de que tinha estado na Universidade de Berkeley, como “visiting scholar” mas não o conseguiu, por uma razão muito simples: nunca lá pôs os pés, logo era impossível ter esse estatuto. Mas o agora secretário-geral do PSD que ostentou durante muitos anos esse “brilharete” no seu currículo, tentou explicar as razões que o levaram a publicitar tal conquista mas, na prática, o “SOL” apurou, que apenas teve a intenção de frequentar tal universidade. O resto é folclore, tendo o político acabado por se envolver numa teia de contradições com a tal professora, numa história que não dignifica ninguém.

Mas este caso, de um político que tenta enriquecer o seu currículo, não é virgem em Portugal como sabemos. E, acredito, muitas outras histórias acabarão por surgir nos próximos tempos, já que as universidades portuguesas estão cheias de equivalências duvidosas e de cursos frequentados aos domingos e afins, e não faltará dentro dos partidos quem queira “queimar” o próximo.

Penso que se a procuradoria-geral da República passasse dois ou três meses nas universidades mais duvidosas teria de recrutar muitos mais funcionários para “vasculhar” tanta trafulhice. Trafulhice, diga-se em abono da verdade, que na maior parte dos casos não passa de vaidade pura, de personagens que querem ser tratados por professor doutor ou algo parecido. Como se a sua vida fizesse mais sentido com um currículo preenchido, apesar de não ter qualquer mérito nisso.

Os militares gostam de ostentar as medalhas de bravura no peito, mas fizeram algo para as ter, já aqueles que procuram “canudos” ou “flores” nos currículos não percebem a bacoquice de tal iniciativa.  Mas não é por acaso que Portugal é o país dos doutores, onde as pessoas até nos cheques gostam de pôr o seu grau académico antes do nome. Como se isso fizesse o cheque valer mais…

 


Os professores visitantes com “canudos” bonitos


Se a procuradoria-geral da República passasse dois ou três meses nas universidades mais duvidosas teria de recrutar muitos mais funcionários para “vasculhar” tanta trafulhice. Trafulhice, diga-se em abono da verdade, que na maior parte dos casos não passa de vaidade pura, de personagens que querem ser tratados por professor doutor ou algo parecido


Feliciano Barreiras Duarte teve o tempo suficiente para apresentar provas de que tinha estado na Universidade de Berkeley, como “visiting scholar” mas não o conseguiu, por uma razão muito simples: nunca lá pôs os pés, logo era impossível ter esse estatuto. Mas o agora secretário-geral do PSD que ostentou durante muitos anos esse “brilharete” no seu currículo, tentou explicar as razões que o levaram a publicitar tal conquista mas, na prática, o “SOL” apurou, que apenas teve a intenção de frequentar tal universidade. O resto é folclore, tendo o político acabado por se envolver numa teia de contradições com a tal professora, numa história que não dignifica ninguém.

Mas este caso, de um político que tenta enriquecer o seu currículo, não é virgem em Portugal como sabemos. E, acredito, muitas outras histórias acabarão por surgir nos próximos tempos, já que as universidades portuguesas estão cheias de equivalências duvidosas e de cursos frequentados aos domingos e afins, e não faltará dentro dos partidos quem queira “queimar” o próximo.

Penso que se a procuradoria-geral da República passasse dois ou três meses nas universidades mais duvidosas teria de recrutar muitos mais funcionários para “vasculhar” tanta trafulhice. Trafulhice, diga-se em abono da verdade, que na maior parte dos casos não passa de vaidade pura, de personagens que querem ser tratados por professor doutor ou algo parecido. Como se a sua vida fizesse mais sentido com um currículo preenchido, apesar de não ter qualquer mérito nisso.

Os militares gostam de ostentar as medalhas de bravura no peito, mas fizeram algo para as ter, já aqueles que procuram “canudos” ou “flores” nos currículos não percebem a bacoquice de tal iniciativa.  Mas não é por acaso que Portugal é o país dos doutores, onde as pessoas até nos cheques gostam de pôr o seu grau académico antes do nome. Como se isso fizesse o cheque valer mais…