O mais importante é alterar o que está mal feito e fazer as devidas correções. Não é preciso ser nenhum especialista para perceber que as condições climatéricas sofreram grandes alterações nos últimos tempos e os métodos tradicionais de prevenir e atacar os incêndios estão obsoletos, sendo inadmissível que Portugal tenha, ano após ano, a maior área ardida da Europa.
Aquilo que se afigura como difícil pode não o ser se forem tidos em conta os técnicos competentes na prevenção e ataque aos fogos – um dos grandes especialistas portugueses está na Austrália, por exemplo – e forem nomeados os melhores para a Proteção Civil, não olhando ao cartão partidário, que é o que se passa governo após governo, e ir lá fora ver como fazem os países que têm muito mais área florestal do que nós e onde há muito menos incêndios ou área ardida.
Já se sabe que a prevenção é um dos grandes problemas e torna-se quase incompreensível perceber como foi possível acabar com os guardas florestais. Mas já que estamos na época das tecnologias, qual a razão para não haver drones a filmarem o território? Mas essas e outras questões devem ser deixadas aos tais especialistas, que os há.
Sendo Portugal um país com uma queda de natalidade brutal, é natural que aldeias e terras onde havia bombeiros tenham deixado de os ter e talvez seja necessário atrair pessoas para áreas despovoadas onde façam uma corporação de bombeiros profissional e eficaz.
P. S. Em 1960, Portugal tinha a maior taxa de mortalidade infantil da Europa, mas hoje é dos países onde morrem menos crianças no primeiro ano de vida. Porque não haveremos de seguir esse exemplo noutras áreas?