Decorreu ontem e hoje, 21 e 22 de setembro, em Lisboa, a Conferência Internacional das Nações Unidas para discutir os avanços que têm sido notáveis na sequência da aplicação do plano de Madrid, em 2002, acerca da sustentabilidade do envelhecimento ativo.
Na manhã de sexta-feira, na conferência de imprensa, já José António Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, referiu os principais objetivos a cumprir até 2022. Depois da deliberação e debate acerca do envelhecimento ativo sustentável, a Declaração Ministerial de Lisboa, que reúne as medidas tomadas pela UNECE para continuar a melhorar a qualidade de vida dos mais idosos, foi aprovada.
O “aumento da atenção do público em geral dos problemas da população envelhecida”, “formas inovadoras de resposta de serviços relacionados com educação, emprego, cultura, reabilitação, cuidados de saúde” foram algumas das melhorias notáveis nos últimos cinco anos, apontadas pela Declaração a que o i teve acesso.
“Alguns países da UNECE têm de desenvolver políticas de resposta mais compreensivas relativamente às necessidades individuais e sociais da população envelhecida, enquanto outros membros precisam de garantir e melhorar o acesso de pessoas idosas a sistemas adequados de proteção social e garantir um bom serviço de saúde e cuidados de longa duração, incluindo acesso a tratamentos avançados”. Os campos da saúde e integração social para os mais idosos foram um dos focos apontados como coisas a melhorar.
Quanto às medidas propriamente ditas, a Declaração definiu três pontos relevantes a que os países se comprometeram a desenvolver até 2022: “Reconhecer o potencial das pessoas mais velhas”, através do conhecimento do potencial físico, mental e social dos mais idosos para que tenham uma maior responsabilidade social e para que a sua imagem seja vista como um contributo positivo; “Encorajar habilidades e a vida de trabalho”, reconhecendo o potencial e as capacidades dos mais velhos, ajudando a desenvolver estratégias de trabalho que promovam ao máximo a oportunidade de participação de trabalhadores de todas as idades e, por fim, “assegurar a dignidade dos idosos”, protegendo-os e promovendo a sua participação na sociedade, contribuindo para o apoio das infraestruturas que respondem às suas necessidades, como por exemplo os serviços de saúde, e garantir a convivência e o respeito entre gerações.
Por fim, a declaração destaca a adoção de varias estratégias para combater o envelhecimento, concluindo que estão comprometidos a “continuar ativamente a participar no grupo de trabalho da UNECE RIS/MIPAA”.