Alfredo da Costa. Contestação ao fecho consegue dois cordões humanos em torno da Maternidade


Centenas de pessoas responderam hoje ao apelo para formar um cordão humano, em torno da Matermidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, como contestação ao anúncio do encerramento deste estabelecimento de saúde até 2015. O número de pessoas reunidas às 19:30 no local era suficiente para fazer dois cordões em torno da Maternidade, que tem…


Centenas de pessoas responderam hoje ao apelo para formar um cordão humano, em torno da Matermidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, como contestação ao anúncio do encerramento deste estabelecimento de saúde até 2015.

O número de pessoas reunidas às 19:30 no local era suficiente para fazer dois cordões em torno da Maternidade, que tem um perímetro de cerca de 400 metros.

Segundo fontes clínicas, a ideia do “Abraço à MAC” partiu de profissionais desta instituição – médicos, enfermeiros e administrativos –, mas também de utentes e familiares que se consideram ligados a este estabelecimento de saúde.

Na quinta-feira, Francisco Louçã, coordenador do Bloco de Esquerda, anunciou no Parlamento que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo transmitiu aos diretores de serviço da MAC a intenção de encerrar a unidade, mas horas depois o presidente desta ARS disse que este é apenas um cenário.

Os profissionais de saúde reagiram de imediato e reuniram-se no anfiteatro da instituição, tendo decidido não se pronunciar sobre as notícias, mas revelando sob anonimato que estão decididos a lutar pela manutenção das equipas da MAC.

Hoje mesmo, o ministro da Saúde disse que a MAC deveria encerrar durante a presente legislatura, tendo-se limitado a afirmar que o mais importante da MAC – o seu ‘know-how’ e as equipas – seriam mantidos.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, disse hoje em Maputo, que o encerramento da MAC visa "aproveitar o melhor possível as equipas técnicas que estão em funcionamento" naquela unidade hospitalar.

Falando aos jornalistas, Passos Coelho considerou a MAC "uma unidade histórica em Portugal que não pode ficar parada no tempo, tem de evoluir".