Abertura da Avenida Santos e Castro e Eixo Central da Alta de Lisboa é o fim de “vários ciclos”


  O presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou hoje que a abertura da Avenida Santos e Castro e do Eixo Central da Alta de Lisboa é a “conclusão de um ciclo de grandes operações de urbanização na cidade”. “Esta inauguração, de alguma forma, corresponde simbolicamente ao fim de vários ciclos”, afirmou António Costa na…


 

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou hoje que a abertura da Avenida Santos e Castro e do Eixo Central da Alta de Lisboa é a “conclusão de um ciclo de grandes operações de urbanização na cidade”.

“Esta inauguração, de alguma forma, corresponde simbolicamente ao fim de vários ciclos”, afirmou António Costa na cerimónia de inauguração destas vias, alguns anos após o prazo estimado para a conclusão das respetivas obras.

O autarca explicou que estas vias encerram o ciclo das obras que encontrou paradas há seis anos, “o ciclo dos grandes eixos viários na região de Lisboa” e “a grande conclusão de um ciclo de grandes operações de urbanização na cidade de Lisboa”.

António Costa sublinhou que são “dois eixos fundamentais” da Alta de Lisboa, dado que “a Avenida Santos e Castro vai permitir às populações de Camarate, da Ameixoeira e da Charneca chegarem mais rapidamente ao centro da cidade, ajudando a descongestionar a avenida Padre Cruz e o Eixo Norte-sul”.

Por outro lado, o Eixo Central da Alta de Lisboa será “a coluna vertebral da cidade”, uma via com a largura da Avenida da Liberdade, servida por “um grande parque verde na zona central, por bons passeios e boas áreas de circulação ciclável”.

“É uma avenida de características urbanas, que vai suportar nas próximas décadas o desenvolvimento de toda esta área, com uma especial qualidade do desenho urbano”, que representa “uma grande valorização de toda zona da Alta de Lisboa”, disse o autarca no final da cerimónia, que contou com a presença do presidente da Câmara de Loures e do deputado Ribeiro Castro, representante da família Santos e Castro.

Esta avenida foi projetada há cerca de 15 anos pelo arquiteto Manuel Salgado, atualmente vice-presidente da Câmara e vereador do Urbanismo.

Durante um passeio de autocarro pela avenida, Manuel Salgado disse à Lusa que nunca lhe “passou pela cabeça” que iria inaugurar aquela zona como autarca, mas confessou que é com orgulho que vê a obra realizada conforme a projetou.

Manuel Salgado adiantou que foi “a maior área de expansão planeada de Lisboa”, que conta já com mais de 30 mil habitantes, esperando-se que no final tenha entre 50 a 60 mil.

António Costa observou, por seu turno, que esta zona é a “última parcela da cidade que falta urbanizar”.

“É a área de reserva de crescimento natural que a cidade vai ter nos próximos anos, além da reabilitação e da reocupação do centro que está devoluto”, sustentou.

Para António Costa, o “grande desafio” agora é que a Segunda Circular deixe de ser “uma fronteira”, “uma espécie de cicatriz na malha urbana” e passe a ser tão central “como qualquer outra zona da cidade”.

A Avenida Santos e Castro estabelece a ligação entre o Eixo Norte-Sul e a Segunda Circular, e o Eixo Central permite estabelecer o “grande corredor verde” entre o Campo Grande, o Parque das Conchas e o Parque Oeste.