Na altura da pandemia da Covid-19 os trabalhadores e as empresas tiveram de adaptar a sua forma de trabalhar – fazendo-o a partir de casa – e, apesar deste hábito ter caído depois dessa altura, iniciou uma trajetória de subida em meados de 2023.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), este superou a marca de um milhão de trabalhadores neste regime (integral e híbrido) no ano passado. 21,5% da população empregada indicou ter trabalhado a partir de casa no quarto trimestre de 2024.
À Lusa, o professor de Economia da Universidade do Minho, João Cerejeira, explicou que “temos taxas muito superiores, seja em teletrabalho integral seja híbrido [do que antes da pandemia]”, considerando que “os números revelam a influência que os confinamentos e restrições de movimentação impostos pela covid-19 tiveram no trabalho a partir de casa”.
Os dados do INE mostram que se iniciou uma subida constante do teletrabalho a partir do terceiro trimestre de 2023, atingindo 1.013 mil pessoas nos primeiros três meses de 2024.
De acordo com os mesmos dados, no quarto trimestre de 2024, o número de trabalhadores que indicaram ter trabalhado a partir de casa avançou para 1.105,8 mil, o que equivale a 21,5% da população empregada.
Deste total, cerca de um quarto (23,7%) desempenhou as suas funções sempre em teletrabalho, enquanto 835 mil o fez de forma regular, seja, alguns dias por semana, todas as semanas ou em semanas rotativas.