A Livraria Lello, no Porto, comprou e vai expor a biblioteca privada de Amy Winehouse. A exposição é “uma janela” para a identidade da artista que colecionou teatro, ficção e banda desenhada e imprimiu os seus lábios vermelhos em várias obras.
Uma administradora da Livraria Lello explicou que era impossível a Lello “resistir à tentação” de adquirir a coleção de Amy Winehouse, uma artista que “era muito mais do que apenas cantora”.
Segundo Aurora Pinto, citada pela agência Lusa, “embora possa parecer improvável que a livraria se interessasse por Amy Winehouse, acaba por ser inevitável porque a escrita, seja de livros, seja de letras de música, é escrita e são sempre histórias, e histórias cabem sempre na Lello”.
A biblioteca de Amy Winehouse é composta por 230 livros e o seu valor “vai muito além do valor de cada livro”, pelo que a Lello optou por não revelar a quantia pela qual comprou a coleção. Esta vai estar exposta a partir desta quinta-feira hoje na sala Gemma, “um espaço exclusivo dedicado às joias literárias mais valiosas”.
A sala foi dividida em quatro partes, “quatro fases da vida” de Amy Winehouse. “A primeira parte é a ‘Adolescente’, que tem os livros que terá lido enquanto jovem. A segunda parte denominou-se de “Nerd”. “São livros, essencialmente, de banda desenhada ou novela gráfica. Estes livros são os que ocupam a maior fatia da coleção, é algo que acompanhou a vida dela e que ela valorizou muito”, disse Aurora Pinto.
A parte três, “Os artistas”, é composta por “livros sobre outros artistas, especialmente biografias, como Frank Sinatra, Madonna, Bob Marley, com quem Amy tinha uma ligação forte, uma ligação que também revela na sua própria criação”.
Por fim, a “quarta e última parte”, dedicada aos livros “mais tradicionais”, a “Literatura”, na qual se encontra, por exemplo, a “obra completa de [J.D] Salinger, todos os livros e alguns em mais de uma edição”.
A responsável pela Lello, que se confessou “grande fã” de Amy Winehouse, salientou que o amor da artista pelos livros manifestava-se, também, de uma forma muito particular: “A paixão de Amy ao ler alguns destes livros era tal que ela dava beijos nas páginas com baton vermelho”.
