O incêndio que deflagrou há oito dias na ilha da Madeira continuava esta quarta-feira com “duas frentes de fogo ativas” e evoluiu para a cordilheira central, estando a ser combatido por 140 operacionais.
“[O fogo] evoluiu do Pico do Cardo, zona alta do Curral [das Freiras], para a cordilheira central, isso significa que temos uma frente do Pico das Torres, numa zona de muito difícil acesso, e temos uma outra frente no Pico Ruivo”, disse o presidente do executivo regional.
Miguel Albuquerque, numa conferência de imprensa para fazer o balanço das operações, no Funchal, explicou que o objetivo “é conter a evolução descendente do fogo para o Curral das Freiras”, onde se fez “uma faixa de contenção, e também evitar que o fogo evolua de forma lateral para o Pico do Areeiro”.
Em relação à frente do Pico Ruivo, o governante regional acrescentou que estão a ser efetuadas “faixas de contenção” e está a ser concentrada uma força de combate “na base da cordilheira. O objetivo é evitar que essa frente avance em sentido descendente para o Vale da Fajã da Nogueira”, onde há uma central hidroelétrica, uma “infraestrutura fundamental”.
Miguel Albuquerque, citado pela agência Lusa, adiantou que no “teatro de operações” estão 140 operacionais, apoiados por 30 veículos, e que o helicóptero continua a operar, e já fez “170 descargas” desde o início do incêndio e realizou 35 horas de voo”.