AHRESP pede medidas urgentes para o setor

AHRESP pede medidas urgentes para o setor


Associação lembra que há empresas que ainda não recuperaram e que setor é fundamental para a recuperação da economia.


A associação de Hotelaria e Restauração (AHRESP) alertou o Governo para a implementação de medidas “urgentes” para o setor, lembrando que há empresas que “ainda não conseguiram recuperar as suas tesourarias” devido à pandemia. “A AHRESP espera que Governo implemente, com urgência, medidas também orientadas para o alojamento, restauração e bebidas”, refere, acrescentando que “apesar da elevada procura que estas atividades têm vindo a registar na tradicional época alta de Verão, a realidade é que as empresas do alojamento e da restauração e bebidas ainda não conseguiram recuperar as suas tesourarias, depauperadas por dois anos de pandemia, situação muito agravada pela atual conjuntura inflacionista”. 

A associação diz ainda que “os aumentos excessivos nos custos de produção, na energia e nas matérias-primas (sobretudo alimentares), bem como a evolução das taxas de juro reduzem drasticamente as margens das empresas, ao ponto de colocar em risco a sua sustentabilidade e a manutenção dos seus postos de trabalho, antevendo-se que este cenário se agrave já a partir do próximo mês de outubro”. E acrescenta: “O plano extraordinário de apoio às empresas apresentado recentemente pelo Governo embora com algumas medidas positivas não pode deixar, também, de ser orientado para estas atividades, que como se reconhece têm um peso e um papel fundamental na recuperação que se quer para a nossa economia, sendo por isso necessárias medidas urgentes e robustas para apoiar as tesourarias das empresas”. 

A AHRESP defende também que a “continuidade desta conjuntura inflacionista e a subida das taxas de juro seguramente irão também comprometer o poder de compra dos consumidores, com impacto direto, e imediato, nas receitas destas empresas”. No entanto, admite que o Governo reconhece a importância do setor “para a recuperação da economia portuguesa”, mas desde que seja “com a correspondente e necessária aplicação de medidas específicas para as nossas empresas, nomeadamente ao nível da redução da carga fiscal, pois só desta forma será possível garantir a continuidade dos negócios e dos seus postos de trabalho”.