Governo avança com reunião entre judocas, presidente da FPJ e dirigente do Comité Olímpico

Governo avança com reunião entre judocas, presidente da FPJ e dirigente do Comité Olímpico


Esta reunião vem no seguimento da carta assinada por sete judocas, na qual acusaram o presidente da FPJ de ter uma conduta discriminatória e opressiva, desde repreensões devido à origem dos judocas até à obrigação de participar em todos os estágios promovidos em Coimbra.


O secretário de Estado da Juventude e Desporto anunciou, esta sexta-feira, que vai reunir-se com os judocas, o presidente da Federação de Judo e o presidente do Comité Olímpico de Portugal, a fim de criar “diálogo” na modalidade e consequentemente salvaguardar a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.

"Eu e o Presidente do Comité Olímpico de Portugal [José Manuel Constantino] iremos reunir na próxima terça-feira à tarde com o Presidente da FP Judo e o grupo de judocas que subscreveu a carta aberta. Procuramos mais um momento de diálogo, tendo em vista a salvaguarda da preparação olímpica Paris24", escreveu João Paulo Correia na rede social Twitter.

Esta reunião vem no seguimento da carta assinada por Telma Monteiro, Bárbara Timo, Rochele Nunes, Patrícia Sampaio, Catarina Costa, Anri Egutidze e Rodrigo Lopes, na qual os atletas acusaram o presidente da FPJ de ter uma conduta discriminatória e opressiva, desde repreensões devido à origem dos judocas até à obrigação de participar em todos os estágios promovidos em Coimbra.

"Escrevemos esta carta para que as entidades que regem o desporto no nosso país nos ajudem a chegar a uma solução, caso contrário não vemos condições para continuar a fazer face às exigências da alta competição e do apuramento olímpico", apontaram os sete judocas no final da carta aberta.

Depois de o documento ser notícia, o presidente reagiu às criticas dos atletas, ao considerar que apenas tem conflitos com atletas e treinadores do Benfica, sendo que cinco dos sete atletas são do clube da Luz. Não obstante, o dirigente não reconheceu o grupo como uma representação da comunidade desportiva.

Também rejeitou todas as acusações quanto ao local de estágios, contestado pelos atletas, ao notar que as “normas são para se cumprir”.

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