O coordenador nacional da comissão de resposta em urgência de ginecologia, obstetrícia e blocos de partos defendeu o encerramento de algumas maternidades, fora do interior, deve ser analisada, para concentrar recursos e responder aos problemas.
“Temos, de facto, que considerar a possibilidade de encerrar algumas maternidades. Em primeiro lugar, nós não conseguimos formar, nem atrair médicos obstetras e ginecologistas, em tempo útil, para acudir a alguns problemas”, afirmou Diogo Ayres de Campos, em entrevista à TSF e ao Jornal e Notícias.
Para o também diretor do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Santa Maria, está é “a única forma” de, a curto prazo, dar resposta ao problema.
No entanto, Ayres de Campos fez questão de sublinhar que um eventual encerramento não pode dizer respeitos a unidades que “estão muito distanciadas”, como é o caso de Bragança, Abrantes ou Portalegre, lembrando que “são essenciais” para manter a população local.
O responsável admitiu que as propostas possam ser entregues entre setembro e outubro, até para evitar perturbações nos serviços na época do Natal, mas acrescentou que a comissão não tem “nenhuma garantia” de que o consiga fazer.