Monkeypox. DGS confirma 23 casos de infeção humana

Monkeypox. DGS confirma 23 casos de infeção humana


Foram confirmados mais nove casos novos esta quinta-feira, juntando-se aos 14 já encontrados pelas autoridades de saúde. 


A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou, esta sexta-feira, mais nove casos de infeção humana pelo vírus Monkeypox – a varíola dos macacos -, aumentando o número total de casos para 23 em Portugal.

Segundo um comunicado da DGS, a autoridade adianta que está a aguardar “resultados relativamente a outras amostras” e que os novos casos foram confirmados no final do dia de ontem pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

"Os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), esta quinta-feira, dia 19, ao final do dia. Entre as amostras disponíveis, foi identificada ontem, através de sequenciação, a clade (subgrupo do vírus) da África Ocidental, que é a menos agressiva", esclarece a nota.

Os casos detetados estão a receber acompanhamento clínico, "encontrando-se estáveis e em ambulatório", indica a DGS, acrescentando que está em curso "os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos".

A doença surge em forma de lesões idênticas à varicela, sendo que os sintomas são lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço.

A todos os indivíduos que apresentem estes sintomas, a autoridade de saúde aconselha a que evitem "contacto físico direto com outras pessoas" e partilha de "vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas".

O vírus Monkeypox é do género Ortopoxvírus (o mais conhecido deste género é o da varíola) e a doença é transmissível através de contacto com animais, contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados.

A infeção por este vírus foi detetada pela primeira vez num ser humano em 1970, nomeadamente em países localizados na África Central e na África Ocidental.