Quem passa, por estes dias, por aquele que é considerado o maior parque do centro de Lisboa, certamente já reparou na implementação de um perímetro de segurança em redor de uma das colunas do topo norte daquele espaço.
Questionada pelo Nascer do SOL, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) esclareceu que tal foi decidido "por uma das colunas apresentar risco de queda de elementos", sendo que "os serviços de Manutenção e Conservação da CML já estão a diligenciar pela intervenção necessária". Importa referir que este é um dos dois obeliscos que ladeiam o miradouro onde foi erigido o Monumento ao 25 de Abril, da autoria do escultor João Cutileiro.
Recorde-se que, em março do ano passado, a autarquia anunciou a realização de obras de requalificação – com a duração prevista de 12 meses -, que correspondem a um investimento total superior a dois milhões de euros, no sistema de drenagem do parque. Esta intervenção obteve o parecer favorável da Direção-Geral do Património Cultural e não pôs em causa a Feira do Livro, evento que decorreu entre os dias 26 de agosto e 12 de setembro do ano passado.
É igualmente de realçar que, em março de 2021, na sessão extraordinária da Assembleia Municipal, levada a cabo a 2 de março, a deputada do PSD Ana Mateus elucidou que "a composição geométrica de sebe de buxo idealizada pelo arquiteto Keil do Amaral encontra-se deteriorada, verificando-se o desaparecimento de vários exemplares, enquanto os existentes se encontram envolvidos em erva alta, que os descaracteriza, existindo zonas onde o traçado geométrico já é inexistente", apontando também aspectos como o facto de "toda a zona alcatroada" se encontrar "em mau estado de conservação, de tal forma que pode apresentar perigo de queda para quem usufrui do espaço".
Assim, os sociais-democratas sugeriram a restauração do Parque Eduardo VII, "devolvendo-lhe a sua antiga glória", recomendaram "que a preservação do Parque Eduardo VII seja realizada de forma continua e regular", "que todos os contratos e protocolos para realização de eventos neste parque tenham medidas para mitigar o impacto que os mesmos têm no espaço público, bem como compensações para os arranjos necessários depois da sua realização" e "que parte da receita do licenciamento dos eventos aqui realizados seja consignada para a preservação do espaço".
De seguida, o deputado do PS José Borges destacou que "a verdade é que a Câmara Municipal de Lisboa tem feito uma cuidada manutenção do espaço e a recuperação do Pavilhão Carlos Lopes foi um importante contributo para a valorização do Parque Eduardo VII", evidenciando "que todos nós ficámos com vontade de ir ao Parque Eduardo VII, que, é o contrário do que dizem ser o Parque Eduardo VII, afinal, como um sítio de degradação, um sítio de abandono". No final, frisou que "talvez seja altura de se distanciarem do PSD nacional e apoiarem o candidato Fernando Medina, à Câmara de Lisboa, que é quem tem garantido que o Parque VII se mantenha tal como ele está".
Por último, o vereador do PS João Paulo Saraiva indicou que "o Parque Eduardo VII é mantido diariamente, por um conjunto muito alargado de jardineiros, neste momento de cerca de vinte jardineiros que cuidam dele todos os dias, para além, de um conjunto de pessoas que tratam de toda a estrutura da Estufa-Fria, que é a data de hoje com um investimento, que nos últimos três anos rondam os quinhentos mil euros", observando que foi concretizado "um conjunto de intervenções" nos "últimos anos" como aquele "que veio devolver ao Pavilhão Carlos Lopes uma nova vida, uma vida recuperada, feita com a ambição necessária para que tivesse novas utilizações e que fosse um espaço de grande atividade da cidade, para além, do parque infantil, de um conjunto de outras infraestruturas que permitam, por exemplo, como aconteceu, durante esta pandemia já um conjunto de espetáculos culturais ao ar livre".