Guionista de ‘Rust’ processa Alec Baldwin. “Brincou à roleta russa quando disparou a arma sem a verificar”

Guionista de ‘Rust’ processa Alec Baldwin. “Brincou à roleta russa quando disparou a arma sem a verificar”


Guionista do filme entrou com um novo processo tribunal. Acusa o ator de não confirmar que a arma estava carregada e revela que o disparo não constava no guião do filme. 


A guionista de ‘Rust’, Mamie Mitchell, vai processar Alec Baldwin, a armeira Hannah Gutierrez e os produtores do filme. O disparo da arma que atingiu mortalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins, a 21 de outubro, não constaria no guião e Mitchell acusa o ator norte-americano de ter “decidido brincar à roleta russa quando disparou a arma sem a verificar e sem ter consultado o armeiro”.

“Intencionalmente, sem justa causa ou desculpa, [Alec Baldwin] disparou uma arma carregada, embora a próxima cena a ser filmada não o exigisse”, lê-se no processo de 29 páginas entregues num tribunal de Los Angeles.

Segundo a investigação levada a cabo pelas autoridades de Santa Fé, no estado norte-americano do Novo México, a arma foi entregue a Baldwin por Dave Halls, um assistente de realização, que terá gritado “cold gun” – uma expressão utilizada para revelar que a arma não contém balas reais.

O realizador Joel Souza, que também ficou ferido no acidente, revelou que o ator estava a ensaiar uma cena em que apontava a arma para a câmara quando a disparou. Mas, na ótica de Mitchells, “Alec Baldwin deveria ter presumido que a arma em questão estava carregada, até que lhe fosse demonstrado ou que ele confirmasse que não estava”, não tendo o “direito de confiar numa alegada declaração do assistente de realização de que era uma 'cold gun'”.

“Baldwin decidiu brincar à roleta russa quando disparou a arma sem a verificar e sem ter consultado o armeiro”, acrescenta.  

A guionista, que estava ao lado de Hutchins e Souza no momento do incidente, foi quem ligou para os serviços de emergência. “Nunca me esquecerei daquilo que aconteceu no set. Continuo a reviver o disparo e o som da explosão da arma todos os dias”, revelou.

Já em conferência de imprensa, a advogada de Mitchells frisou que Baldwin, sendo um “veterano da indústria” não devia ter confiado “numa alegada declaração do assistente de realização” de que a arma estava descarregada.