Bolsonaro reage com agressividade a pergunta de repórter: “Eu chego como eu quiser”

Bolsonaro reage com agressividade a pergunta de repórter: “Eu chego como eu quiser”


Presidente brasileiro exaltou-se. 


Jair Bolsonaro protagonizou mais um momento que está a dar que falar. O presidente brasileiro reagiu com agressividade às perguntas de uma repórter da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, à margem de um evento em Guaratinguetá, São Paulo.

O chefe de Estado brasileiro, que estava de máscara, acabou por se exaltar quando foi confrontado com o facto de ter sido multado pelo governo de São Paulo por não usar o equipamento de proteção individual no passado dia 12 de junho.

“Eu chego como quiser, onde eu quiser, eu cuido da minha vida. Se você não quiser usar máscara, você não usa”, respondeu, indignado, retirando depois a máscara que usava.

A repórter ainda tentou explicar que o uso da máscara é exigido por lei, mas Bolsonaro disse-lhe para “calar a boca”.

“Estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora? Você está feliz agora? Essa Globo é uma m**** de imprensa! Vocês são uma porcaria de imprensa! Cala a boca! Vocês são canalhas! Vocês fazem um jornalismo canalha! Canalha! Que não ajudam em nada!”, acrescentou.

Face ao sucedido, o momento tornou-se viral nas redes sociais e a repórter em questão, Laurene Santos, viu as suas redes sociais encherem-se de mensagens de apoio e solidariedade. "Parabéns pela coragem, Laurene! Você foi gigante!", "Laurene, parabéns!!! Você é uma repórter especial e incrível! Mostrou como ser uma excelente profissional, obrigada pela coragem!!", foram alguns dos muitos comentários dirigidos à jornalista.

Também a Globo e a TV Vanguarda emitiram uma nota de repúdio a Jair Bolsonaro.

“A Globo e a TV Vanguarda repudiam o tratamento dado pelo presidente à repórter Laurene Santos, que cumpria apenas o seu dever profissional. Não será com gritos nem intolerância que o Presidente impedirá ou inibirá o trabalho da imprensa no Brasil”, lê-se.

Note-se que o Brasil já superou a marca das 500 mil mortes por covid-19.