Hiroshima. Nagasaki apela a um mundo sem armas nucleares

Hiroshima. Nagasaki apela a um mundo sem armas nucleares


Fez esta semana, 75 anos o aniversário do bombardeamento atómico da cidade japonesa.


Nagasaki Tomihisa Taue assinalou o 75.º aniversário do bombardeamento atómico da cidade japonesa com apelos às potências nucleares para abrirem o caminho para um mundo sem estas armas, cuja ameaça se está a tornar mais real. O presidente da Câmara, numa declaração lida na cerimónia em memória das vítimas do ataque dos Estados Unidos, apelou aos países participantes na próxima conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) “a mostrarem um caminho viável para o desarmamento nuclear efetivo.

Taue recordou que 2020 marca meio século desde a entrada em vigor deste tratado, mas que “nos últimos anos tem havido um aumento dos movimentos dos Estados dotados de armas nucleares para retrair a promessa de desarmamento nuclear, tal como demonstrado por iniciativas como a eliminação do Tratado sobre as Forças Nucleares de Interesse Intermédio, ou INF”.

O presidente da Câmara de Nagasaki, a segunda cidade e até agora a última cidade a ser atacada por armas nucleares, disse ainda que, além disso, estão a ser feitos progressos no desenvolvimento de novas armas nucleares, mais sofisticadas, pequenas e fáceis de usar, tornando “cada vez mais real a ameaça da utilização de armas nucleares”.

Há 75 anos, os EUA lançavam a segunda bomba atómica no Japão, desta vez sobre Nagasaki. Com o nome de código “Fat Man”, a bomba causaria a morte a cerca de 70 mil pessoas, mais de cem mil feridos e a destruição da cidade e que levou à capitulação do Japão e ao fim da Segunda Guerra Mundial. Três dias antes, do dia 06 de agosto de 1945, em Hiroshima, às 08:15, hora local, era lançada a primeira bomba atómica em cenário de Guerra, pelo bombardeiro norte-americano Enola Gay. A bomba tinha o nome de código “Little Boy”, três metros de comprimento, 71 cm de largura e uma potência equivalente a 13 quilotoneladas de TNT, provocando a morte a 140 mil pessoas.