TAP. Providência cautelar foi “intempestiva” e “inusitada”

TAP. Providência cautelar foi “intempestiva” e “inusitada”


Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, que considera que a providência cautelar interposta pela Associação Comercial do Porto “não defende o interesse da região norte e muito menos da coesão territorial nacional”.


O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho criticou no sábado a Associação Comercial do Porto por ter apresentado uma providência cautelar “intempestiva” e “inusitada” para travar a injeção de 1,2 mil milhões de euros na TAP.

Num comunicado citado pela agência Lusa, o também presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, considera que a providência cautelar "não defende o interesse da região norte e muito menos da coesão territorial nacional”. e afirma ainda: "Foi intempestiva, inusitada e não teve em conta os atores da região norte e acima de tudo não ajuda a encontrar soluções”.

Para o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, a posição da Associação Comercial do Porto "vem condicionar o futuro da empresa, vem atropelar a negociação entre o Governo e os acionistas privados da TAP e vem condicionar o diálogo construtivo em curso dos atores regionais com a administração" da transportadora. 

No início desta semana, na altura em que deu entrada em tribunal a providência cautelar, o presidente da Associação Comercial do Porto afirmava que "não pode haver injeção do Estado enquanto não for assegurado que a TAP serve o interesse nacional no seu todo e não apenas a região de Lisboa".

Entretanto, nesta sexta-feira, o Supremo Tribunal Administrativo autorizou o Governo a avançar com a injeção de capital à TAP, visto considerar o seu adiamento "gravemente prejudicial para o interesse público".