Eutanásia. Médicos com mais contacto com doentes terminais são mais desfavoráveis

Jornal i

Description: A day at the life of surgeons who divide themselves between the confusion of the shifts, the emergency room, and the “cleaning” of operating room. The set is the Fernando Fonseca Hospital, one of Portugal’s largest, which serves up to 700 thousand people, in the lisbon area. For a period of 24 hours, five doctors make of the operation room their second home, prepared for the most varied operations. At 8 o’clock in the morning on the next day, another shift starts. Credit: António Pedro Santos/4SEE

19/02/2020

11:38

Seis dos 1500 médicos inquiridos admitiram ter ajudado doentes a morrer.

O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto) levou a cabo um estudo de opinião sobre a eutanásia, que demonstrou que a maioria dos médicos concordam com a legalização da morte assistida, no entanto 32% estão contra.

O estudo, a que o Público teve acesso, revelou ainda seis dos 1500 médicos inquiridos admitiram ter ajudado doentes a morrer, dois deles através de suicídio assistido.

O coordenador do estudo – que incidiu mais no Norte do país – e oncologista Ferraz Gonçalves sublinha que, de acordo com as conclusões, os médicos que têm mais contacto com doentes terminais são os mais desfavoráveis à eutanásia.

No estudo, à pergunta se estão dispostos a ajudar doentes a morrer, um terço dos inquiridos disse que sim, mas 44% recusa fazê-lo.

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