O comandante da brigada aeroespacial dos Guardas da Revolução iranianos assumiu, este sábado, a "responsabilidade total" pelo caso do avião ucraniano que foi abatido perto de Teerão com 176 pessoas a bordo, na quarta-feira.
"Assumo a responsabilidade total", afirmou o general Amir Ali Hajizadeh, numa declaração transmitida pela televisão. O comadante lamentou a tragédia e sublinhou: "preferia ter morrido do que assistir a tal acidente".
O soldado que estava a operar o míssil que abateu o Boeing ucraniano confundiu o avião com um "míssil de cruzeiro" e disparou, sem ter conseguido obter a confirmação de uma ordem de tiro devido a uma "interferência" nas telecomunicações, explicou o general, acrescentando que o militar teve apenas "10 segundos" para decidir.
Recorde-se que o avião – com 82 iranianos, 57 canadianos, 11 ucranianos, dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos a bordo – foi abatido momentos depois do ataque do Irão, com mísseis balísticos, contra duas bases militares dos EUA no Iraque.
O ataque do Irão foi levado a cabo como retaliação pela intervenção militar aérea dos EUA no Iraque, que resultou na morte do general iraniano Qassem Soleimani.
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