Jair Bolsonaro apelidou a ativista sueca, Greta Thunberg de “pirralha”, depois de a jovem ter abordado as lutas dos povos indígenas e os assassinatos dos líderes nativos que têm vindo a aumentar nos últimos anos, na sua conta oficial de Twitter.
“Os povos indígenas estão literalmente a ser assassinados por tentar proteger a floresta da desflorestação ilegal. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso", escreveu a jovem de 16 anos.
“A Greta já disse que os índios morreram porque estavam a defender a Amazónia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Pirralha”, declarou o chefe de Estado a jornalistas, ao sair do Palácio da Alvorada, a sua residência oficial, em Brasília.
Depois das declarações de Bolsonaro, Greta Thunberg atualizou a sua biografia no Twitter para “pirralha”, à semelhança do que já tinha feito anteriormente quando foi ofendida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
Segundo dados divulgados pela Comissão Pastoral da Terra, o número de assassínios de lideranças indígenas em conflitos no campo dentro do Brasil este ano foi o maior em pelo menos 11 anos. Em 2019 já foram registadas 7 mortes de líderes indígenas, mais cinco mortes do que no ano de 2018.