Jovem britânico perde visão e audição por ser alimentar à base de batatas fritas

Jovem britânico perde visão e audição por ser alimentar à base de batatas fritas


Em causa está um distúrbio alimentar


Um estudo publicado pelo Annals of Internal Medicine revela que um jovem de 19 anos, de Bristol, Inglaterra, sofreu uma perda irreversível da visão e audição por se alimentar à base de batatas fritas, pão branco, lanches e carnes processadas.

Foi aos 14 anos que o jovem começou a perder a audição e, posteriormente, a visão. Acabou por lhe ser detetado um distúrbio alimentar conhecido por ARFID (a sigla inglesa para transtorno alimentar seletivo). Além de ter uma aversão a certas texturas de comida, o adolescente era sensível ao sabor, cheiro e aparência de certos alimentos.

"Eu fazia sandes e colocava uma maçã ou outra fruta e ele não comia nada. Os professores também ficaram preocupados", explicou a mãe em declarações à imprensa britânica.

"Quando se ouve falar em junk food pensa-se logo em obesidade, mas ele era magro", acrescentou.

Foi então que os médicos descobriram que este precisava de vitamina B12 e outras vitaminas importantes. Aos 17 anos acabou por ser considerado “legalmente cego”.

Hoje, com 19 anos, o jovem aceitou dar a conhecer o seu caso para alertar para este problema de saúde.

"Ele explicou que tinha uma aversão a certas texturas de comida e que não tolerava e as batatas eram o único tipo de comida que ele queria e sentia que podia comer", revelou Denize Atan, médica que tratou o jovem.

"Ele tem pontos de cegueira mesmo no meio da sua visão. Isto significa que ele não pode conduzir e que lhe vai ser muito complicado ler, ver televisão ou distinguir caras. Não pode andar sozinho porque não tem visão periférica", acrescentou. 

Apesar de continuar a comer apenas certos tipos de alimentos, o jovem supre as suas necessidades de nutrientes com suplementos. No entanto, nada fará com que recupere a visão e audição.

"Os nutrientes são extremamente importantes para a visão e audição, mas as pessoas não sabem disso", realçou a médica.