Para o atual Presidente do PS, Carlos César, o “Bloco de Esquerda não manda na Assembleia da República nem manda no país”. O motivo primordial desta afirmação proferida hoje nas Jornadas Parlamentares do PS em São Pedro do Sul, em Viseu? As taxas moderadoras, que muito têm provocado discussões acesas entre a classe política. Recorde-se que, na sexta-feira passada, foi noticiado que o fim destas taxas, nos centros de saúde, será faseado, não entrando em vigor no próximo ano como previa um projeto de lei do BE.
O semanário Expresso noticiou que o executivo deu indicações aos socialistas para que o diploma do BE fosse alterado na especialidade. Mas, questionado esta segunda-feira sobre um possível recuo por agora ter o objetivo de fasear as isenções no pagamento, César explicou que "o Partido Socialista é responsável, no Governo, pela diminuição em 25% do valor das taxas moderadoras já nesta legislatura, e por um conjunto de isenções também que foi fazendo aprovar anualmente".
"Não aceitamos acusações de que o Partido Socialista esteja a recuar em matérias como esta. Agora aceitamos uma acusação, que é a de que o PS é um partido que atua com sentido de responsabilidade e com conta peso e medida nas opções que vai tomando", avançou.
O político adiantou ainda à comunicação social que “se fôssemos sempre atrás de aventura e de que tudo é fácil, barato e de que tudo pode ser feito, o que o Bloco de Esquerda, em especial, mas também alguns dos nossos parceiros alimentam frequentemente, tínhamos um país com a mão à frente e outra atrás de novo e voltávamos ao tempo da bancarrota".
As taxas moderadoras concernem as consultas nos prestadores de cuidados de saúde primários, no domicílio, nos hospitais e em outros estabelecimentos de saúde públicos ou privados, designadamente em entidades convencionadas, a realização de exames complementares de diagnóstico e terapêutica em serviços de saúde públicos ou privados, designadamente em entidades convencionadas e serviços de urgência hospitalar.