O Papa Francisco aceitou a renúncia de Ezzati, de 77 anos, que foi interrogado no Chile e enfrenta agora um panorama judicial complexo, acusado de encobrir três casos de abusos cometidos por religiosos.
O cardeal afirmou, em conferência de imprensa, que a crise da Igreja chilena, causada pelos abusos cometidos por membros do clero, tem sido "a maior dor deste tempo". No entanto, continua a afirmar a sua inocência.
Ricardo Ezzati salientou que todas as denúncias de abuso sexual que chegaram ao seu conhecimento foram devidamente investigadas, salientando que sempre colaborou com a Justiça e o Ministério Público.
"Posso dizer com a cabeça erguida, que todas as alegações foram investigadas ou estão sendo investigadas", afirmou Ezzati.
A Procuradoria Nacional do Chile está agora a investigar 219 religiosos chilenos alegadamente implicados em 158 casos de abuso sexual contra 241 vítimas. Destas, 123 eram menores à época dos factos.