Indonésia. Autoridades avançam com novo balanço de vítimas

Indonésia. Autoridades avançam com novo balanço de vítimas


O tsunami atingiu o Estreito de Sunda este sábado e, segundo novo balanço, provocou 429 mortos


As autoridades indonésias divulgaram esta terça-feira um novo balanço do número de vítimas do tsunami que este sábado atingiu a Indonésia: 429 mortos e 154 desaparecidos. As operações de resgate ainda estão em curso, apesar da chuva intensa estar a dificulatar o trabalho.

"Hoje, até ao momento, não encontrámos qualquer cadáver. Ontem [segunda-feira] encontrámos dois entre os escombros. Revisitamos a zona para ver se nos escapou algum ou se o mar devolve algum corpo sem vida", disse à agência EFE o responsável da brigada, Hawasi. Sobre os desaparecidos, o oficial admite que as possibilidades de encontrar pessoas com vida é escassa, mas ressalva que "os milagres existem".

Inicialmente, nesta terça-feira, as autoridades tinham avançado um balanço de 420 mortos, o que representava uma subida dos 373 mortos e 1.459 feridos. O tsunami atingiu este sábado o Estreito de Sunda – entre as ilhas de Java e Sumatra – e terá sido provocado por um deslizamento de terra submarino que ocorreu na sequência da erupção do vulcão Anak Krakatau.

As autoridades confundiram inicialmente o tsunami com uma maré crescente, uma vez que o deslizamento de terra submarino não originou um terramoto. Por isso, a população foi alertada para não entrar em pânico. O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, já veio lamentar a situação: "Foi um erro, sentimos muito", escreveu na rede social Twitter.

Também a 28 de setembro deste ano um outro tsunami atingiu a ilha de Celebes, também na Indonésia, provocando 1.200 mortos. Recorde-se que a Indonésia está localizada no chamado Anel de Fogo do Pacífico – uma zona com atividade vulcânica muito intensa –, o que faz com que seja um dos países onde acontecem mais desastres naturais.

A 26 de dezembro de 2004 o pior tsunami da história da Indonésia atingiu a zona norte de Samatra tendo provocado a morte a 230 mil pessoas numa dezena de países da região.