Pelo menos 17 pessoas morreram esta terça-feira na sequência de uma colisão entre dois comboios na linha dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes (CFM), na província do Namibe, sul de Angola.
O diretor da empresa, Daniel Quipaxe, referiu que o acidente ocorreu às 06h30 (a mesma hora de Lisboa) e terá tido como origem um erro humano. Além dos 17 mortos, fontes oficiais indicam ainda que há pelo menos 12 feridos.
“A colisão deu-se entre o comboio que seguia no sentido Lubango/Namibe, que transportava granito, e o que fazia a manutenção da via, sob responsabilidade chinesa, que circulava no sentido contrário [Namibe/Bibala]. Infelizmente aconteceu o acidente, que resultou em danos materiais e humanos", disse Daniel Quipaxe, em declarações à rádio pública angolana.
Além disto, o responsável adiantou ainda que a máquina chinesa “é a que mais sofreu”, continuando os trabalhos para o seu desencarceramento.
"Pensamos que deve haver mais vítimas nessa locomotiva chinesa. Existem condições e já lá estão os bombeiros também a colaborar connosco", disse.
Carlos Rocha da Cruz, Governador de Namibe, revelou que duas das vítimas mortais são os maquinistas, um de nacionalidade angolana e outro de nacionalidade chinesa, e alertou para o aumento do número de vítimas mortais, uma vez que existem vários feridos graves e algumas pessoas ainda encarceradas nas ferragens.
De acordo com o site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa já enviou uma mensagem ao Presidente de Angola, João Lourenço,” expressando as suas condolências por este trágico acidente, bem como a solidariedade para com o povo irmão angolano".